ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Sem-terra invade fazenda São Marcos e filho de Bumlai registra ocorrência

Renata Volpe Haddad | 04/12/2015 14:46
Grupo que estava acampado há 90 dias às margens da BR-463, invadiu a fazenda São Marcos nesta manhã. (Foto: Eliel Oliveira)
Grupo que estava acampado há 90 dias às margens da BR-463, invadiu a fazenda São Marcos nesta manhã. (Foto: Eliel Oliveira)

Um grupo com aproximadamente 60 pessoas invadiu a fazenda São Marcos, arrendada pela Usina São Fernando, que pertence à família do pecuarista José Carlos Bumlai, às 10h desta sexta-feira (4) em Dourados, distante 233 km de Campo Grande.

De acordo com boletim de ocorrência registrado pelo filho de Bumlai, o médico veterinário Fernando Barros Bumlai e o gerente da fazenda, alegaram que o grupo cortou a cerca e invadiu a propriedade. Segundo o boletim de ocorrência, o gerente foi verificar o que estava acontecendo e ao se aproximar, foi impedido por homens armados com facão, que faziam gestos afirmando que estariam com armas de fogo.

Ainda conforme o boletim, o grupo gritava palavras de ameaça e de baixo calão, falando que era para o funcionário sair de lá, pois a terra pertence a eles. O gerente da fazenda contou ainda que os homens se intitulavam como movimento agrário rural campo e cidade. Segundo o trabalhador, na fazenda moram três famílias dos funcionários.

Ontem (3), cerca de 400 pessoas do grupo MSTB (Movimento Sem Terra Brasileiro) acampadas há 90 dias às margens da BR-463, onde está localizada a fazenda, se preparavam a ocupação da propriedade.

A justificativa do grupo para a invasão é que a área foi escolhida porque a usina usou dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para plantar cana-de-açúcar e não pagou o empréstimo. Segundo um dos líderes do movimento que se identificou apenas como Douglas, a Usina São Fernando deve R$ 12 bilhões ao BNDES, e isso justifica a ocupação pelos trabalhadores.

Ainda segundo Douglas, mais 350 famílias de Douradina estão sendo esperadas no acampamento. O grupo é formado por homens, mulheres e crianças.

Nos siga no Google Notícias