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Interior

Sindicato de professores cobra acordo e prefeito diz que não vai quebrar cidade

Helio de Freitas, de Dourados | 14/10/2014 11:13
Professores de Dourados durante a greve de 12 dias, em julho deste ano; sindicato cobra cumprimento de acordo (Foto: Divulgação/Simted)
Professores de Dourados durante a greve de 12 dias, em julho deste ano; sindicato cobra cumprimento de acordo (Foto: Divulgação/Simted)

Termina amanhã, Dia do Professor, o prazo dado pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) para que a Prefeitura de Dourados apresente uma proposta para implantação do piso nacional para 20 horas semanais de trabalho. Atualmente a prefeitura da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul paga o piso, mas para 40 horas. O acordo, fechado no início de agosto, colocou fim à greve de 12 dias dos professores da Rede Municipal de Ensino.

Nesta terça-feira, a assessoria do sindicato divulgou nota afirmando que faltando um dia para o fim do prazo também ainda não existe uma proposta formalizada por parte do município para a inclusão dos servidores administrativos no PCCR (Plano de cargos, carreiras e remuneração) da educação.

O prefeito Murilo Zauth (PSB) disse que não vai “quebrar” a prefeitura para atender os interesses de apenas um segmento. “A inflação ameaça voltar, o custo da máquina pública está subindo, prefeitos de algumas cidades do Estado anunciam cortes drásticos na administração e em Dourados estamos decididos a manter os compromissos com pessoal e com o desenvolvimento da cidade em dia. Não vamos sacrificar a cidade”, afirmou Murilo.

Na semana passada a prefeitura encaminhou ofício à Câmara de Vereadores informando que devido à prorrogação da campanha eleitoral em função do segundo turno para o governo do Estado, o município não pode abrir negociação que implique em mais despesas.
O presidente do sindicato, João Vanderley Azevedo, também cobra os vereadores, já que o acordo firmado em agosto tem a assinatura do presidente do Legislativo, Idenor Machado (DEM). "Os trabalhadores da educação irão direcionar todos os seus esforços na tentativa de avançar com pautas de negociação, pois acreditamos que a valorização do educador é qualidade na educação", afirma o sindicalista.

“A expectativa dos educadores e de toda sociedade era chegar no dia 15 de outubro, Dia do Professor, com uma pauta firmada entre as partes. Para a discussão da pauta piso 20 horas, a comissão de negociação foi chamada pela Secretaria Municipal de Educação somente no dia 9 de outubro, faltando seis dias para o término do prazo, mas não apresentou uma proposta definida”, afirma nota do sindicato.

Ainda conforme o sindicato, esse é o segundo acordo firmado com a prefeitura que não tem avanço, já que o primeiro foi firmado em abril. “Foram realizadas assembleias do grupo administrativo e do grupo magistério, que tiveram resultados semelhantes, ou seja, diante da ausência de uma proposta concreta a categoria resolveu buscar novamente e com urgência uma audiência com o prefeito, visando discutir as reivindicações. Também decidiu chamar uma assembleia conjunta, administrativo e magistério, para avaliar o processo de negociação e estabelecer os caminhos de mobilização da categoria”, diz a assessoria do Simted.

O prefeito afirma que a administração mantém canal aberto de entendimentos com o Simted através da Procuradoria Geral do Município, para negociar a inclusão do pessoal administrativo no Plano de Cargos e Carreira. Sobre o piso de 20 horas, Murilo afirma que tem se reunido periodicamente com a equipe econômica e da Secretaria de Educação e espera estabelecer nova negociação com o sindicato.

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