Superintendente do Incra vai à BR-262 e manifestantes suspendem ato no local
Manifestantes do MST (Movimento Sem-Terra), que fazem bloqueios em rodovias em ato nacional contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), informaram que as manifestações têm ainda outras reivindicações em Mato Grosso do Sul e pediram a presença do superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Humberto de Mello, em um dos pontos.
De acordo com a assessoria do Incra, o superintendente foi até Terenos, ponto de bloqueio mais próximo da Capital. O trecho da BR-262, entre Terenos e Anastácio, foi liberado há pouco, possivelmente após a ida de Humberto ao local, mas a assessoria não deu detalhes.
Agora, a manifestação continua na BR-267, próximo a Nova Andradina, estrada que liga MS a São Paulo e na BR-163, entre Mundo Novo a Eldorado. Outro grupo se reuniu em Anhanduí, também na BR-163, mas não fechou a pista, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Segundo o MST, a ação ocorre também em solidariedade aos Sem-terra do Paraná, contra a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) de paralisar a reforma agrária, contra o golpe, em defesa da democracia e para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás.
“O MST aguarda a descida do superintendente do Incra MS, Humberto de Mello, na BR 262, para debater questões ligadas a Reforma Agrária, a mesma está paralisada por conta da decisão do TCU, mas atualmente há apenas uma área decretada para este fim no Estado e sem dúvida não irá resolver o problema da questão de terra e dos milhares de acampados”, diz a nota enviada pelo movimento.
Eles lembram que na última quinta-feira (7), morreram dois integrantes do acampamento Dom Tomas Balduíno, no Paraná. O movimento classifica o caso como uma “emboscada realizada pela Policia Militar e por seguranças contratados por uma empresa”. O MST cita ainda o massacre de Eldorado dos Carajás, que ocorreu em 17 de abril de 1996, no Pará, quando 21 sem-terras foram mortos por policiais.
Impeachment - Começou às 8h55 de hoje (15), a primeira sessão de análise da admissibilidade do processo de impeachment, na Câmara dos Deputados. Segundo a Agência Brasil, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou hoje cinco ações que contestavam a votação do pedido de abertura de processo de impeachment da presidente, previsto para domingo (17).