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Interior

Suspeito de ligação em morte de estudante de medicina é preso na fronteira

Brasileiro de 22 anos foi preso ontem em Pedro Juan Caballero; tia disse que rapaz é inocente

Helio de Freitas, de Dourados | 21/10/2022 09:31
Corpo de brasileiro foi encontrado em estrada de terra de Pedro Juan (Foto: Arquivo)
Corpo de brasileiro foi encontrado em estrada de terra de Pedro Juan (Foto: Arquivo)

O brasileiro Moroni Dener Rodríguez Romero, de 22 anos, foi preso nesta quinta-feira (21) como suspeito de ligação no assassinato do estudante de medicina Anderson Hugo Pereira Félix, 29, também brasileiro.

Paraibano, Anderson cursava medicina em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande.

O corpo dele foi encontrado na manhã de domingo (16) em estrada de terra nos arredores de Pedro Juan. O rapaz teve a cabeça esmagada por uma pedra, encontrada ao lado do corpo.

Segundo a polícia paraguaia, Moroni Romero foi a última pessoa vista com Anderson na noite de sábado, em um bar no centro de Ponta Porã. Ele teria aparecido nas imagens de câmeras de segurança conversando com o estudante de medicina.

Ontem, o rapaz foi chamado para prestar depoimento na sede da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero e ficou preso como suspeito. O celular dele foi apreendido para perícia.

O oficial da Polícia Nacional Carlos Denis informou a repórteres paraguaios que as imagens mostram os dois discutindo em frente ao bar, localizado na Avenida Brasil. Anderson tinha no braço uma pulseira da portaria desse bar quando foi encontrado morto.

“Inocente” – Ontem à noite, a tia de Moroni Romero protestou contra a prisão do rapaz e disse que ele é inocente. Através de postagem em redes sociais, ela pediu ajuda de autoridades de Ponta Porã.

“Meu sobrinho está preso injustamente. Ele estava na mesma festa que o estudante de medicina, porém não conhecia e nem tinha amizade com o rapaz”, afirmou ela

A mulher alega que Moroni apenas teria ajudado Anderson a entrar no carro, pois o estudante de medicina estaria bêbado. “Pelo que foi puxado nas câmeras de segurança foi apenas isso e meu sobrinho continuou na festa”, afirmou ela.

A moradora de Ponta Porã disse que o sobrinho foi chamado apenas para prestar depoimento e ficou preso. “Meu sobrinho é brasileiro e inocente, está preso injustamente por falta de investigações, acusado por um crime que não cometeu. Somos brasileiros e temos nossos direitos garantidos”, protestou ela. A polícia paraguaia ainda não se manifestou.

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