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Interior

Tio que participou de estupro coletivo morre na cadeia

Elinho Arévalo foi encontrado enforcado em cela do presídio e suspeita é de suicídio

Helio de Freitas, de Dourados | 12/08/2021 17:37
Peritos da Polícia Civil no local onde corpo da menina foi encontrado. (Foto: Adilson Domingos)
Peritos da Polícia Civil no local onde corpo da menina foi encontrado. (Foto: Adilson Domingos)

Foi encontrado morto na tarde desta quinta-feira (12), o homem que ajudou a estuprar e a matar a própria sobrinha em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Preso dois dias após o crime, Elinho Arévalo, 34, morreu enforcado na cela onde estava na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A suspeita é de suicídio, mas a polícia vai investigar o caso.

No domingo à tarde, a menina de 11 anos foi atraída até a antiga pedreira na Reserva Indígena de Dourados. No local, foi obrigada a consumir pinga e estuprada pelo tio e por outros quatro homens.

Depois, para não denunciar os estupradores, foi jogada do topo de paredão de pedra com 22 metros de altura. Nua, ela caiu sobre as pedras e morreu. O corpo foi encontrado pelos familiares na manhã de segunda-feira (9).

Elinho Arévalo no dia em que foi preso, na Polícia Civil. (Foto: Adilson Domingos)
Elinho Arévalo no dia em que foi preso, na Polícia Civil. (Foto: Adilson Domingos)

Quatro envolvidos, entre eles três adolescentes – dois de 14 e um de 17 anos – foram presos no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Elinho chegou a ir até a delegacia para acompanhar notícias sobre a investigação.

Com base no depoimento dos outros envolvidos, os policiais civis chegaram até ele na terça-feira. Na delegacia, Arévalo confessou o crime e disse que estuprava a sobrinha desde que ela tinha seis anos de idade.

Ainda na terça, os três adolescentes foram levados para a Unei (Unidade Educacional de Internação). Ontem, Elinho e o outro adulto envolvido no crime, Leandro Pinosa, 20, foram levados para a PED.

Segundo informações policiais, o homem fez uma corda com pedaços de pano e se enforcou. Fontes ligadas ao sistema penitenciário ouvidas pela reportagem, afirmaram que é praxe os acusados de estupro ficarem isolados de outros presos, o que reforça a suspeita de suicídio.

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