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Interior

“Tolerância zero”: Reinaldo elogia ação policial com 8 mortes na fronteira

"Nossos policiais têm agido com coragem e eficiência", afirmou o governador ao comentar confronto

Anahi Zurutuza | 12/01/2021 13:24
O enfrentamento teve início em uma casa no Bairro Julia Cardinal, próximo à sede a Uems, em Ponta Porã (Foto: Governo de MS/Divulgação)
O enfrentamento teve início em uma casa no Bairro Julia Cardinal, próximo à sede a Uems, em Ponta Porã (Foto: Governo de MS/Divulgação)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) elogiou a ação policial na fronteira para combater o avanço do PCC (Primeiro Comando da Capital), a facção criminosa brasileira que tenta estabelecer domínio das rotas de tráfico do Paraguai para o Brasil, embora a invasão a um “QG” da organização tenha resultado em oito mortes.

“Bandido tem que ser tratado com rigor e tolerância zero. As nossas forças policiais estão de parabéns. Nossos policiais têm agido com coragem e eficiência. Temos mais de 1,5 mil km de fronteira e, em várias partes, é possível atravessar a pé. Infelizmente, no confronto de ontem (11), oito integrantes do PCC morreram. Nosso desejo é que estivessem atrás das grades. Mas, nossa prioridade é e sempre vai ser a de proteger o cidadão de bem”, afirmou o governador, via assessoria de imprensa.

Participaram da ação, equipes das polícias Civil e Militar, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e Batalhão de Choque.

O enfrentamento teve início em uma casa no Bairro Julia Cardinal, próximo à sede a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Ponta Porã, que, conforme apurou o Campo Grande News, funcionava como “QG” da facção. No local, foram apreendidos dois fuzis calibre 7,62, três pistolas 9 milímetros e três revólveres calibre 38.

Ainda segundo fonte, com cerco fechado do lado paraguaio da fronteira, o PCC decidiu migrar “QG” para Ponta Porã - cidade vizinha a Pedro Juan Caballero. Conforme a apuração, a mudança para o território brasileiro teria sido medida para sair do foco de constante policiamento paraguaio, intensificado diante da "guerra" entre o crime organizado no país vizinho.

No entanto, a área que até então parecia menos perigosa para a organização, ficou sob a mira da polícia desde a tentativa fracassada de resgate de Giovanni Barbosa da Silva, 29 anos, o “Bonitão”, uma das lideranças da facção brasileira em “missão” no Paraguai.

Mortes - Seis criminosos foram mortos no confronto e outros dois conseguiram fugir. A suspeita é de que um dos fugitivos estava ferido porque rastro de sangue foi encontrado por policiais em casas vizinhas.

Após o episódio, agentes do DOF e do Bope isolaram a região e deram início à caçada à dupla. Os dois foram localizados momentos depois e também acabaram baleados em novo confronto com os militares. Um deles morreu no local e o outro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em hospital.

Além das armas, foram apreendidas uma Land Rover e uma caminhonete Chevrolet S10 que estavam na posse dos bandidos.

Segundo o site ABC Color, os bandidos mortos tinham intenção de retornar a Pedro Juan Caballero para se vingar dos policiais paraguaios que impediram a tentativa de resgate de "Bonitão".

Conforme a Polícia Civil, a organização criminosa está envolvida em dois homicídios recentes na região de Sanga Puitã e nas proximidades da linha internacional.

Após o confronto, a segurança foi reforçada na área com o Grupamento Aéreo e a Polícia Rodoviária Estadual.


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