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Interior

Traficante brasileiro passa por audiência em processo de extradição

Marcelo Piloto será ouvido no quartel de grupo de elite da Polícia Nacional, em Assunción, onde está preso há quase um ano

Helio de Freitas, de Dourados | 16/11/2018 11:28
Marcelo Piloto enfrenta processo de extradição no Paraguai (Foto: ABC Color)
Marcelo Piloto enfrenta processo de extradição no Paraguai (Foto: ABC Color)

O narcotraficante brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o “Marcelo Piloto”, passa nesta sexta-feira (16) pela primeira audiência no processo de sua extradição do Paraguai para o Brasil. Uma equipe da Justiça do país vizinho vai ouvir o depoimento dele no quartel da Agrupación Especializada, um grupo de elite da Polícia Nacional, onde Marcelo está preso.

A extradição foi determinada pela juíza penal de garantias Alicia Pedrozo no fim de outubro, mas só será concretizada após encerrados as duas ações penais em que o bandido carioca é réu no Paraguai, uma por homicídio e outra por uso de documento falso.

Autoridades paraguaias afirmam que Piloto, homem forte da facção criminosa Comando Vermelho naquele país, planejava confessar crimes para continuar preso no Paraguai.

Em entrevista coletiva na semana passada, Marcelo Piloto negou a estratégia e disse que não faz diferença ficar preso no Paraguai ou no Brasil.

Ele tem uma condenação de 21 anos de prisão por assalto, determinada pelo 30º Tribunal Criminal do Rio de Janeiro e outra a cinco anos de reclusão, também por assalto, estipulada pelo 1º Tribunal Regional de Madureira (RJ).

Comerciante de drogas – Na entrevista coletiva, Marcelo Piloto confessou ser traficante de drogas e de armas do Paraguai para o Brasil, mas negou ter planejado ataques terroristas com explosivos, como foi acusado após a descoberta de um esconderijo da facção.

“Todo mundo sabe que me dedico ao comércio de armas e drogas. Compro em Assunção e vendo em Ciudad Del Este, vendo em Pedro Juan Caballero. Vendo coisas ilícitas, sou comerciante. Sou traficante, não sou terrorista. Ser acusado de terrorista no Brasil pode acabar em morte”, afirmou o bandido brasileiro.

Na segunda-feira (12), a advogada Laura Casuso, sócia do escritório que defende Marcelo Piloto, foi executada por pistoleiros em Pedro Juan Caballero. Ela também defendia outro narcotraficante brasileiro, Jarvis Gimenes Pavão, extraditado em dezembro do ano passado e preso no Presídio Federal de Mossoró (RN).

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