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Interior

Transferido há 8 dias, traficante é assassinado em penitenciária

O presidiário foi encontrado pendurado por uma corda artesanal a uma pequena altura, com os dois pés apoiados no chão

Viviane Oliveira e Helio de Freitas | 06/06/2019 11:59
Fachada da Penitenciária Estadual de Dourados (Foto: TV RIT de Dourados)
Fachada da Penitenciária Estadual de Dourados (Foto: TV RIT de Dourados)

O preso Rodrigo da Silva Queiroz, 36 anos, foi encontrado morto pendurado numa corda artesanal, no interior da cela 46 do raio 2 na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), por volta das 6h30 desta quinta-feira (6). No pescoço dele havia sinais de estrangulamento e enforcamento.

Conforme boletim de ocorrência, o agente penitenciário plantonista contou que na cela havia mais 28 detentos, incluindo a vítima. O corpo de Rodrigo foi encontrado pendurado por uma corda artesanal presa a uma pequena altura, com os dois pés apoiados no chão. Os nomes dos presos foram encaminhados para a 2ª Delegacia de Polícia Civil que vai investigar o caso. Por meio da assessoria de imprensa, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que, está apurando as circunstâncias da morte. 

Rodrigo cumpria pena por roubo e tráfico de drogas. Ele estava na Penitenciária de Dourados desde o dia 28 de maio deste ano, quando foi transferido do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande. Desde 2010, o preso já havia passado por diversas unidades prisionais. Em dez dias, esse é o terceiro preso encontrado morto no presídio mais superlotado de Mato Grosso do Sul, onde estão pelo menos 2.500 detentos.

No dia 23 do mês passado, na cela 46 do raio 2, Alessandro Viana da Silva foi encontrado enforcado. A Polícia Civil registrou o caso como homicídio. Quatro dias depois, Cristian Germano de Lima, 39 anos, foi encontrado pelos agentes penitenciários na cela 13, do mesmo raio. Ele estava enforcado com cordas artesanais presas às grades da janela.

O raio 2 é ocupado por presos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Um dia antes da primeira morte, o local foi alvo de pente-fino de agentes penitenciários e policiais Batalhão de Choque. Durante quatro horas, celas do bloco 4 e do raio 2 foram revistadas após ser identificado, no dia anterior, um suposto plano de fuga que incluía a escavação de um túnel. A vistoria não encontrou o túnel, mas uma cela com a grade serrada no raio 2.

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