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Interior

UFGD retoma aulas dia 3 com servidores parados e greve geral dia 11

Semestre acadêmico começa na quinta-feira, mas paralisação de técnicos pode afetar matrícula de universitários; professores vão aderir à greve geral marcada para daqui dez dias

Helio de Freitas, de Dourados | 01/11/2016 09:22
Técnicos administrativos da UFGD estão em greve há oito dias (Foto: Franz Mendes)
Técnicos administrativos da UFGD estão em greve há oito dias (Foto: Franz Mendes)

As aulas do segundo semestre acadêmico da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) começam na quinta-feira (3), mas a greve dos técnicos administrativos, iniciada há oito dias, pode afetar os universitários. O calendário está atrasado por causa de outra greve, a dos professores, ocorrida ainda em 2015.

Para agravar a situação, no dia 11 os professores da maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul vão aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais contra o governo federal.

Acessos e assistências nos laboratórios, empréstimos nas bibliotecas e solicitações de documentos nas secretarias são serviços que ficarão prejudicados com a paralisação dos administrativos, que segue greve nacional nas universidades públicas contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) enviada ao Congresso pelo governo Michel Temer para congelar os gastos públicos.

Na Câmara dos Deputados, onde ganhou o número 241, a PEC já foi aprovada em duas votações e encaminhada ao Senado, onde passou a ser PEC 55.

Cleiton Rodrigues, coordenador geral do sindicato dos administrativos da UFGD, disse ao Campo Grande News que os grevistas mantêm a agenda de atividades nesta semana com plantões de greve e panfletagem entre a comunidade acadêmica.

“Teremos nova assembleia na sexta-feira e hoje vamos nos reunir com representantes de diversos sindicatos e movimentos sociais para discutirmos pelo menos dois grandes atos para este mês e reforçar a necessidade da construção da greve geral e outras ações com o movimento estudantil e sociedade”, afirmou Cleiton.

Parte dos servidores administrativos do HU (Hospital Universitário) também aderiu à greve. Na avaliação dos grevistas, o congelamento dos gastos federais vai afetar a qualidade do ensino, pesquisas e projetos de extensão. “O impacto será sentido não apenas pelos trabalhadores, mas especialmente pelos estudantes que são o principal público do serviço que prestamos”, afirma o sindicato dos técnicos administrativos.

O presidente da ADUF (Associação dos Docentes da Universidade Federal) Dourados, Fábio Perboni, informou que por enquanto não existe indicação nacional de greve por tempo indeterminado dos professores universitários.

Segundo ele, as atividades que serão realizadas em Dourados no dia 11, durante a greve geral convocada pelas centrais sindicais, serão definidas hoje.

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