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Interior

Usina de ferro-liga é reativada com objetivo de gerar quase 200 empregos

Renata Volpe Haddad | 16/03/2016 13:30

A solenidade de reativação da usina de ferro-liga instalada no bairro Previsul em Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, aconteceu nesta quarta-feira (16). Adquirido pela Granha Ligas, o objetivo da empresa é gerar no primeiro semestre deste ano, 121 empregos no município.

A empresa está instalada na antiga estrada do Urucum e no local da antiga Usina Ferro-Ligas Corumbá, empresa mineira desativada desde 2009.

Inicialmente, os trabalhos serão retomados com 33% da capacidade total do sistema. A meta é operar com 100% até o final de 2016. O projeto é dobrar a produção, inclusive com a instalação de novos fornos e equipamentos, já no próximo ano.

De acordo com o secretário da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Elias Verruck, a usina de ferro-ligas é a única do Estado. "A Granha compra da Vale o ferro manganês e produz ferro-ligas e vende para grandes empresas. Na primeira etapa, 121 empregos são gerados e até o final deste ano, com a instalação do segundo auto forno, mais 50 empregos têm que ser gerados", informa.

Verruck fala ainda que mesmo com a crise no setor de mineração, foi possível reativar os trabalhos da usina. "Desde o início do nosso governo, estamos tentando reativar empreendimentos e concedemos incentivos fiscais para a empresa, mas eles têm que produzir e gerar empregos no município", explica.

Ainda conforme o secretário, a Granha compra da Vale 30 mil toneladas de manganês e tem a meta de produzir 40 mil toneladas de ferro-liga. "A exportação do produto será para o mercado argentino por meio de hidrovia e a rodovia será o meio de transporte para o mercado interno", alega.

Segundo o presidente da Granha Ligas, Manoel Inácio, por mês serão produzidos 2 mil toneladas de ferro-liga. "Até junho vamos produzir essa capacidade máxima e temo um compromisso com o governo de até 2020 dobrar a nossa produção", informa

De acordo com o presidente do sindicato das industrias de carvão vegetal de MS, Marcos Brito, o governador assinou hoje durante a solenidade, o benefício da redução do ICMS da energia elétrica. "O processo de fabricação representa 42% de todo insumo, pois a usina se caracteriza em empresas Eletrointensivas", afirmou.

Para o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, apesar dos entraves, como a instabilidade econômica, foi possível reativar a empresa. "Uma parte do nosso minério será transformado aqui mesmo na cidade. Ou seja, ele deixa de sair só como matéria prima e ganha mais valor de mercado. Na prática, isso significa que os empregos que seriam gerados na China ficarão aqui mesmo, com os corumbaenses”, comentou.

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