Vendaval derruba árvores e destelha escola no Pantanal após 2 meses sem chuva
Tempestade atingiu principalmente áreas fora da zona urbana de Corumbá, como Paraguai Mirim e Serra do Amolar
A chuva chegou a Corumbá na tarde deste sábado (18), acompanhada por fortes ventos. Com a precipitação, a umidade relativa do ar subiu para 80%, e a temperatura caiu de 35°C para 23°C. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), por volta das 12h foram registrados 16,6 milímetros de chuva. A última precipitação havia sido registrada em 4 de agosto.
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Chuva acompanhada de fortes ventos atingiu Corumbá e região do Pantanal neste sábado (18), provocando queda na temperatura de 35°C para 26°C. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou precipitação de 16,6 milímetros por volta das 12h. A tempestade causou estragos significativos na região do Paraguai Mirim, com relatos de casas destelhadas e árvores arrancadas. A chuva traz alívio para brigadistas que combatem incêndios florestais na Serra do Amolar, área que enfrenta graves queimadas nas últimas semanas.
Além da área urbana de Corumbá, a cerca de 428 quilômetros de Campo Grande, a chuva também atingiu diversas regiões do Pantanal, incluindo a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Acurizal, na Serra do Amolar, uma das áreas mais afetadas pelos incêndios florestais nos últimos dias. A precipitação traz alívio para brigadistas que há semanas enfrentam o fogo em condições extremas.
Ao Campo Grande News, o coronel Ângelo Rabelo, presidente do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro) relatou que a chuva chegou também à região da RPPN Novos Dourados no Pantanal. “Passou uma tempestade forte de vento na região do Paraguai Mirim, derrubou casa, na escola Jatobazinho arrancou o telhado também. Tá tipo um tornado”, contou. A região do Paraguai Mirim fica a cerca de 130 quilômetros da área urbana de Corumbá.
Em vídeo enviado ao portal, é possível ver a escola destelhada, mangas caídas ao chão e árvores arrancadas pela raiz. O vendaval também danificou painéis solares instalados na região. Na região urbana de Corumbá a chuva foi amena e não há relatos de estragos.
Segundo Alex Fraga, presidente do Instituto Agwa, que atua no Paraguai Mirim, a força do vento foi tão intensa que arrancou árvores inteiras. “Nas casas ao lado do Rio Paraguai, os telhados foram arrancados. [...] Agora é reconstruir. O mais importante é que não feriu ninguém. A preocupação também são com as casas dos ribeirinhos que foram destelhadas. Tudo indica que o pior foi na nossa região”, afirmou.
O tenente do Corpo de Bombeiros e representante da Defesa Civil em Corumbá, Silvanei Barbosa Coelho, informou que ainda está sendo feito o levantamento dos estragos provocados pela tempestade.
Apesar do fortes ventos e estragos pontuais, a chuva deve ajudar a reduzir os focos de incêndio que há semanas atingem o Pantanal sul-mato-grossense. Na última quinta-feira (16), o Governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nos municípios afetados, conforme publicação no Diário Oficial do Estado.
Brigadistas comunitários têm enfrentado uma rotina exaustiva para combater o fogo na Serra do Amolar. Diariamente, eles caminham até 15 quilômetros em terreno pedregoso e íngreme para conter as chamas que avançam sobre morros e vegetação nativa.
O incêndio começou no topo da cordilheira e vinha se expandindo rapidamente. O combate envolve uma força conjunta formada por brigadistas voluntários, com apoio da ONG Ecoa, e por equipes do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama, além da Brigada Quilombo do Vale do Ribeira, de São Paulo. Em muitos trechos, o terreno acidentado e repleto de pedras impede até o uso de veículos.
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