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Cidades

Júri sobre morte de líder indígena adiado para fevereiro

Redação | 07/05/2010 07:46

Suspenso na última terça-feira, o julgamento dos acusados pela morte do líder indígena Marcos Veron foi remarcado para 21 de fevereiro de 2011. Estavam no banco dos réus três dos quatros seguranças acusados pela autoria do crime: Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde.

A nova data foi definida pela juíza federal Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal. A pedido do MPF (Ministério Público Federal), o julgamento foi transferido de Mato Grosso do Sul para São Paulo.

O júri começou na segunda-feira na capital paulista, mas foi interrompido após o representante do MPF (Ministério Público Federal), o procurador da república Wladimir Barros Aras, abandonar o julgamento.

Conforme a juíza, a justiça federal não tem disponibilidade orçamentária para pagar as despesas, como passagens aéreas, alimentação e hospedagem. "Quero frisar que a Justiça Federal, desde a sessão designada para o dia 12/4, tem arcado com despesas altíssimas, que somam até o momento cerca de R$ 30 mil", salienta a magistrada.

Por considerar injustificada a atitude do procurador, Paula Mantovani defende que ele seja responsabilizado pelos prejuízos causados ao erário público.

O procurador abandonou o julgamento após a juíza indeferir um pedido para que o depoimento das vítimas e testemunhas indígenas fosse colhido em tupi-guarani.

Conforme a juíza, nas outras fases do processo, os indígenas prestaram depoimento em português. No documento em que definiu a nova data do julgamento, a magistrada enfatiza que o serviço do intérprete seria requisitado quando a testemunha afirmasse não conseguir se expressar em português. Para a juíza, o MPF parece não ter interesse na realização do júri.

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