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Cidades

Pistoleiros fizeram tocaia por 2h para executar ex-segurança de Rafaat

Orlando Fernandes, o “Bomba”, foi fuzilado em frente a barbearia no Autonomista por volta das 18h; reportagem apurou que autores chegaram ao local bem antes

Humberto Marques e Mirian Machado | 27/10/2018 09:20
Fernandes, conhecido como "Bomba", foi executado ao sair de barbearia no Autonomista; veículos usados por pistoleiros foram incendiados. (Foto: Liniker Ribeiro/Arquivo)
Fernandes, conhecido como "Bomba", foi executado ao sair de barbearia no Autonomista; veículos usados por pistoleiros foram incendiados. (Foto: Liniker Ribeiro/Arquivo)

Os autores da execução de Orlando da Silva Fernandes, 41, o “Bomba”, chegaram cerca de duas horas antes ao local do crime, conforme apurou reportagem do Campo Grande News. A vítima, que levava R$ 240 mil em cheques e R$ 1,2 mil em dinheiro, foi fuzilada quando seguia para o seu veículo, estacionado próximo a uma barbearia no cruzamento das Ruas Enramada com a Amazonas, no Jardim Autonomista. Fernandes foi segurança do narcotraficante Jorge Rafaat, executado em junho de 2016 em Pedro Juan Caballero.

Um dos veículos usados pelos executores, segundo levantamentos, passou pelo estabelecimento comercial por volta das 16h –horário em que “Bomba” já estava nas imediações–, deu a volta e estacionou. Os autores ficaram no carro até o momento do crime, pouco depois das 18h, cercando a vítima.

Foram efetuados mais de 40 disparos de fuzil calibre 566 –número de cápsulas encontradas pela perícia da Polícia Civil no local–, alguns deles atingindo dois veículos e imóveis na região do local do crime. Estilhaços de vidro de um veículo feriram o rosto de do motorista de um dos carros atingidos.

“Bomba” foi atingido na cabeça, tórax e braços, falecendo no local. Logo depois do crime, os pistoleiros fugiram. Veículos usados no crime teriam sido incendiados em regiões opostas da cidade –um deles, de modelo não divulgado, foi queimado em uma estrada vicinal no Jardim Seminário, norte da Capital; enquanto o outro, um Hyundai Creta com placas de Poá (SP) e que tinha um carregador de metralhadora em seu interior, foi levado ao Rita Vieira, ao sul.

A ocorrência deve ser investigada pela DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) de Campo Grande. Equipes do Batalhão de Choque e da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) auxiliaram nas investigações.

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