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Cidades

Produção de vacina contra dengue pode chegar a 30 milhões de doses

Expectativa é que doses sejam aprovadas e comecem a ser produzidas em 2017

Mayara Bueno e Chloé Pinheiro | 01/09/2016 12:11
Uma das mulheres que faz parte do teste da vacina, em Campo Grande. (Foto: Alcides Neto).
Uma das mulheres que faz parte do teste da vacina, em Campo Grande. (Foto: Alcides Neto).
À esquerda, o professor da UFMS, responsável pela pesquisa em MS, junto com os governadores de SP, Geraldo Alckmin, e de MS, Reinaldo Azambuja. (Foto: Alcides Neto).
À esquerda, o professor da UFMS, responsável pela pesquisa em MS, junto com os governadores de SP, Geraldo Alckmin, e de MS, Reinaldo Azambuja. (Foto: Alcides Neto).

A produção da vacina contra a dengue poderá começar em 2017 e a expectativa é que sejam fabricadas 30 milhões de doses por ano, segundo o secretário de Saúde de São Paulo, Davi Uip. Ele veio a Campo Grande, junto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), e o diretor do Instituto Butantan, Jorge Calil, nesta quinta-feira (1º), onde acontece a fase final de testes da vacina.

Nesta manhã, duas das 1,2 mil pessoas que passarão por testes na Capital, foram vacinadas. Elas serão monitoradas por uma equipe coordenada pelo professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Erivaldo Elias Junior. A intenção é que o maior número de voluntários esteja vacinado antes do verão, que é quando há mais risco de casos de dengue.

Ainda conforme explica o professor, as pessoas serão monitoradas durante cinco anos, por telefone ou visitas nas casas. “Nós iremos acompanhar e coletar os dados”, explicou, ressaltando que o resultado mesmo da pesquisa só deverá sair ano que vem.

A expectativa é que a vacina seja aprovada em 2017, entre maio e junho, e a produção dela comece no segundo semestre do mesmo ano, afirmou o secretário de Saúde do estado paulista. A produção por ano deve chegar a 30 milhões, prevê.

"Estamos extremamente otimistas, porque esta poderá ser a primeira vacina tetravalente, dose única, para uma doença tão incidente quanto a dengue", disse o governador de SP, Geraldo Alckmin (PSDB). A vacina pode ajudar 40% da população mundial que vive em região tropical, acrescentou. 

Reinaldo Azambuja (PSDB), governador do Estado, que também foi ao evento, considerou a vacina como um “avanço enorme” e mais uma ação de combate a doença. “Mas temos que fazer o trabalho de casa. Cuidar da limpeza da cidade e continuar com as outras ações de combate”.

Diretor do Instituto Butantan, Jorge Calil, com o prefeito Alcides Bernal (PP). (Foto: Alcides Neto).
Diretor do Instituto Butantan, Jorge Calil, com o prefeito Alcides Bernal (PP). (Foto: Alcides Neto).

Testes – A fase de testes prevê a vacinação de 1,2 mil pessoas, entre 2 e 59 anos, sendo este o único critério básico da pesquisa. Segundo o professor da UFMS, a seleção das pessoas será feita por agentes comunitários, que, em visita nas residências, convidará para o teste. A aplicação das vacinas acontecerá somente na Unidade Básica de Saúda do Bairro Coophavilla II.

Isabel Gonçalves, 53 anos, foi uma das pessoas vacinadas hoje. Ela nunca teve dengue, mas já teve caso na família e acha interessante a pesquisa. Já o segundo a receber a dose foi José Carlos Batista Salgado, 27 anos.

O secretário de Saúde de SP lembrou que, na região centro-oeste, a maior incidência do doença é a 1, mas também há crescimento do tipo 2. Para levantar a eficácia da dose em relação a todos os tipos de dengue, a pesquisa aplicará testes em várias regiões”.

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