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Cidades

Professores iniciam dia 15 greve por tempo indeterminado em MS

Paralisação nacional visa mobilizar outras categorias para derrubar Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal

Yarima Mecchi | 08/03/2017 08:57
Fetems aderiu a greve nacional. (Foto: Divulgação)
Fetems aderiu a greve nacional. (Foto: Divulgação)

Contrários à reforma da Previdência, proposta pelo Governo Federal, o professores de Mato Grosso do Sul aderiram a greve nacional e param as atividades no dia 15 de março, sem previsão para voltar às salas de aula. A categoria considera a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287/16 um aumento das desigualdades no Brasil.

Em nota, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) declara que em pouco tempo no país haverá alguns ricos e milhões de pobres. A federação afirma que a reforma da Previdência vai fazer com que os trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos 'trabalhem até morrer'.

"Eles vão contribuir mais com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e ganhem menos na aposentadoria. O governo quer, ainda, por meio da DRU (Desvinculação de Receitas da União), desviar os recursos das contribuições para usar livremente em outras áreas".


O presidente do ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, explica que a paralisação nacional visa mobilizar outras categorias para derrubar a PEC, que segue em discussão na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).


"No domingo, dia 19, a gente avalia o movimento para saber como foram os primeiros dias de greve. Esperamos que outros sindicatos se juntem a mobilização. Se ninguém aderir a educação vai seguir sozinha? Dia 19 vamos avaliar", destacou.


Lucílio não adiantou se os professores farão uma assembleia geral no domingo, mas garantiu que durante os dias de paralisação vão estimular os demais sindicatos.

"A perda dos direitos é para toda a população. O jovens é que vão sofrer mais ainda. Tem que trabalhar 49 anos para aposentar. Quem começar a trabalhar com 16 anos tem que continuar sem para até os 65 anos para conseguir aposentar", ressaltou.

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