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Cidades

Reinaldo quer "aprofundar" discussão sobre vinda de venezuelanos a MS

Imigrantes entram no Brasil por Roraima fugindo da crise política e União quer distribuí-los entre outros estados.

Ricardo Campos Jr. e Mayara Bueno | 15/02/2018 10:48
Governador Reinaldo Azambuja quer ampliar discussão sobre vinda de venezuelanos (Foto: Marcos Ermínio)
Governador Reinaldo Azambuja quer ampliar discussão sobre vinda de venezuelanos (Foto: Marcos Ermínio)

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), quer aprofundar as discussões com o Governo Federal sobre a vinda de refugiados venezuelanos ao estado e acrescentou que está disposto a recebê-los. “Nós não vamos nos furtar de sentar à mesa para ver quais são as possibilidades”, afirma o gestor.

A população do país tem fugido da crise política e econômica entrando em território nacional principalmente por Roraima. Ontem, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que iria distribuir esses estrangeiros entre as unidades federativas que topassem recebê-los.

“Essa situação vale uma reflexão. A Venezuela era um país extremamente pujante que tinha a economia crescente e olha o que está sendo feito ali, que faz com que eles queiram procurar outras alternativas de vida”, disse Azambuja.

Boa vontade – A secretária estadual de Direitos Humanos, Elisa Nobre, já havia declarado anteriormente que o Estado está se preparando para prestar auxílio humanitário aos refugiados, além de amenizar o impacto tanto para os imigrantes quanto para os habitantes de Mato Grosso do Sul.

“Precisamos entender que eles não vêm para roubar postos de trabalho, mas para somar. Ninguém gosta de deixar a sua casa. Eles vêm por necessidade. Precisamos nos preparar, gestores e cidadãos”, diz.

Desde 2016, Mato Grosso do Sul tem um Comitê para Atendimento de Refugiados, Migrantes e Apátridas, que já atendeu atendeu 320 pessoas. A lista inclui haitianos, indiano, colombianos, guineenses, palestinos, paraguaios, ugandenses, senegaleses, espanhol, uruguaios, alemão, peruano, argentino, bolivianos, cubanos, africanos, sírios, palestinos, venezuelanos, portugueses, chileno e panamenhos.

Jungmann destacou que a redistribuição dos venezuelanos pelo território brasileiro será feita em acordo com os estados que forem recebê-los. Afirmou ainda que 70% dos venezuelanos têm até o segundo grau e 30% têm nível superior e que caberá ao ministério da Educação tratar da revalidação de diplomas.

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