Porque a roupa de trabalho é diferente da roupa de lazer

  Quer você queira quer não, tudo o que você escolhe vestir transmite uma mensagem para você e para todas as pessoas que entram em contato com você. Primeiro por algo que os cientistas chamam de cognição indumentária. Existem diversos estudos demonstrando que o cérebro interpreta o que estamos vestindo e transforma isso em sentimentos e ações, e isso acontece por conta do significado simbólico das roupas e a experiência física de usá-las: como quando um profissional da saúde veste seu jaleco, por exemplo.

 Segundo porque, tudo o que usamos, é carregado com códigos visuais. As cores das roupas, as linhas e formas, as texturas, tudo está transmitindo mensagens. Por isso que se você ver um laço cor de rosa de cabelo caído na rua automaticamente já vai associar que aquele acessório pertence a uma criança do sexo feminino. Quando você veste uma “roupa de trabalho” seu cérebro automaticamente entende que aquele é um momento de focar nesta área. Então não faz o menor sentido você usar aquela roupa confortável e descontraída que usa para passear aos finais de semana, no trabalho. Os estudos sobre cognição indumentária sugerem que isso inclusive pode atrapalhar a sua produtividade.

 Vamos aos exemplos: um vestido longo florido de alcinha e uma rasteira tipo chinelo passam a mensagem de fluidez, acessibilidade e descontração. São essas as mensagens que você gostaria de transmitir no seu ambiente profissional? Isso seria maravilhoso em ambientes de lazer, mas em ambientes profissionais é esperado profissionalismo, seriedade e experiência, e para isso os códigos visuais são outros.

Já escrevi aqui alguns textos exemplificando mais detalhadamente os códigos visuais (link). Aqui também falei sobre isso(link) . No vídeo desta coluna explico sobre os códigos visuais com imagens.

A roupa que você escolhe vestir todos os dias está contando uma história sobre você. Então é preciso que ela esteja adequada aos locais que você frequenta e às mensagens que gostaria de transmitir. Não subestime o poder de uma escolha bem-feita.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_

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