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Postar sem pensar: até um CEO famoso pode perder o cargo

A polêmica que envolveu na última semana um CEO dono de curso profissionalizante nas redes sociais

Por Larissa Almeida (*) | 26/09/2024 13:46

Já falei algumas vezes aqui na coluna sobre o cuidado que devemos ter ao curtir, comentar, compartilhar e postar qualquer postagem em qualquer rede social, porque todas as nossas ações nas redes refletem a maneira como pensamos. Se eu curtir um post que parabeniza a corrupção, é como se estivesse concordando com aquilo. Eu vejo diariamente milhares de pessoas comentando em posts com xingamentos, detalhes sobre suas vidas, pensamentos tão absurdos que não se deveriam nem ser pensados, quanto mais escritos, e acham que ninguém está vendo. Só que sim, está todo mundo vendo. Mesmo que você tenha perfil fechado, o print existe e tudo é rastreável.

Voltando ao caso que deu título à coluna de hoje, o agora ex-CEO Tallis Gomes, liderava a G4 Educação, que é uma escola de empreendedorismo e foca em aulas de gestão e liderança para homens e mulheres, ensinando-os a potencializarem suas habilidades empresariais para se tornarem CEOs, respondeu uma caixinha com a seguinte pergunta “Se sua mulher fosse CEO de uma grande companhia, vocês estariam noivos” desta maneira:

“Deus me livre de mulher CEO. Salvo raras exceções (eu particularmente só conheço 2), essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos sem segundo plano (...) Na média, esse não é o melhor uso da energia feminina”.

Seu story gerou uma enorme repercussão negativa e ele não conseguiu se manter no cargo. Foi substituído por uma mulher.  Mas esta declaração foi apenas o estopim, porque ele já havia dito frases como “esquerdistas não deveriam ser contratados porque não trabalham tão bem” e defendido que seus funcionários trabalham 80 horas semanais, quando a carga horária estabelecida em lei é de 44 horas por semana.

Mas este é só um exemplo para uma onda de “influenciadores” que vivem de polêmica na internet. Você pode até ficar famoso, mas a que preço? É preciso pensar nas consequências de cada ato no digital porque eles vão ter impacto na sua vida real.

A coluna de hoje é para pedir a você que pense com cuidado nas suas ações digitais tanto quanto pensa nas ações do dia a dia. Porque você pode até não estar querendo dizer aquilo, ou curtiu sem perceber, mas até explicar que focinho de porco não é tomada, pode ter te custado seu emprego, sua empresa ou até mesmo sua carreira, dependendo da gravidade.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.

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