As universidades podem lutar contra o PCC nas prisões
Afirmam que as duas maiores universidades do país são a Anhanguera e a Kroton, cada uma com cerca de 400 mil alunos. Na verdade, a maior universidade que temos é o sistema prisional, com mais de 700 mil “alunos-prisioneiros” distribuídos por quase 2 mil “campus” de aprendizagem intensiva do crime, do ódio e da violência. É na universidade do crime que eles fazem contato com as organizações criminosas, que mandam e desmandam nos presídios, enfileirando-se como seus “soldados”. A universidade do crime tem recebido bastante investimento. De 500 unidades em 1.990, passamos para mais de duas mil. Enquanto isso, os governos fecharam 19% das escolas publicas no país.
As prisões de iletrados.
Menos de 1% da população prisional tem curso superior completo. Pouco mais de 1% o tem incompleto. As prisões foram feitas para iletrados. Nada menos de 75% dos encarcerados não tem o ensino fundamental ou apenas conseguiu completá-lo. Quase todos são analfabetos funcionais, não conseguem entender uma linha deste texto.
A experiência paulista e maranhense.
O Estado de São Paulo despertou de sua inércia para dar um verdadeiro combate às organizações criminosas. Além de criar centenas de salas de aula para o primeiro e segundo graus, está trabalhando com ensino superior à distância para os presidiários. O Estado do Maranhão também inovou. Está ofertando ensino superior para as mulheres encarceradas. Estas são verdadeiras lutas contra o PCC e seus concorrentes. O resto, não passa de demagogia para enganar bocós. Sem educação, resta a ignorância do crime. Existiu algum momento de nossa história em que a criminalidade organizada foi derrotada?
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