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Em Pauta

Os homens pré-históricos falsificadores, imitavam o âmbar

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 01/11/2024 08:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O âmbar conta uma parte de nossa pré-história. Mostra que quando saímos de sociedades igualitárias para as hierárquicas - com chefes - estes passaram a adotar pedras brilhantes, raras na natureza, para exprimir sua superioridade frente aos demais. Pela Europa, o âmbar era a “pedra” do poder. Na Ásia, especialmente na China, era o jade, assim como na América Central dos povos maias. No Brasil, não existiu uma pedra brilhante que distinguisse poderosos de homens comuns, nessa época.


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As lendas do âmbar.

Em Atenas, o âmbar recebia o nome de “lyncurium” porque pensavam que era formado pela urina do lince. Mais adiante, passaram a afirmar que o âmbar era formado quando o sol tocava a superfície do mar. Também acreditavam que tinha poderes mágicos. Era um remédio para curar a loucura e um amuleto para a fertilidade e a sorte. Em Roma, era tão importante, que os gladiadores que venciam lutas, costuravam pedaços de âmbar em seus enfeites. E será em Roma que terão a primeira pista do que é o âmbar. Plinio, o Velho, um dos maiores cientistas de todos os tempos, sugeriu que ele tinha origem vegetal pois, ao queimá-lo liberava odor de pinho.


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Mas, como se forma o âmbar?

O âmbar é uma substancia viscosa de composição química complexa. Algumas árvores produzem essa substancia para impedir que as infecções se desenvolvam e para cobrir suas feridas causadas pelos ventos fortes e por insetos. É um remédio para as árvores. Para chegar a sua forma de pedra, necessita de 40 mil anos e condições ambientais raríssimas para perder compostos voláteis e fossilizar-se. É brilhante, colorido e odorífero que, a mera observação, parece uma pedra preciosa. E foi por isso, que virou um produto de veneração e símbolo de poder entre os poderosos da época.


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Falsificando o âmbar.

Com a fama crescente e a raridade do âmbar - só era encontrado na Sicília e nos países do Mar Báltico - muitos homens começaram a falsificar essa preciosidade. Utilizavam um núcleo central de concha ou pedra que era recoberto com resina de pinheiro, cera de abelha e azeite de linhaça, dando a essa falsificação a cor alaranjada, característica do âmbar. Esse conjunto era colado, uns aos outros, por colágeno que tiravam de ossos de animais e fervido. As falsificações foram tão comuns que já encontraram mais de 2.000 contas, que simulam o âmbar, em 15 escavações arqueológicas diferentes.

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