Mais que moedas, dinheiro é a grande metáfora de todas as sociedades
A força do dinheiro e da palavra
Para muitos é difícil de aceitar, mas o dinheiro é uma metáfora. É uma coisa que significa outra. Não, dinheiro não é apenas moeda, cédula, cheque, cartão, ouro, título ou saldo no banco. Essas são algumas formas de representá-lo. Dinheiro mesmo é aquilo que ele pode comprar: aquilo que custou ganhá-lo. "Uma moeda nos pede para acreditar que represente um saco de soja ou algumas horas de trabalho", como explicita o Oxford Book Money.
Palavras e moedas têm algo em comum: dependem de consenso e só circulam onde são conhecidas. Uma moeda com valor ignorado é tão inútil quanto uma palavra "rococó", de sentido obscuro. Ambas correm o risco de ser desvalorizadas e desaparecer. A primeira pela inflação principalmente e a última pelo clichê.
O valor do dinheiro e o sentido da palavra não são naturais nem absolutos, mas sociais e relativos: decorrem de um processo de aceitação generalizada pelo uso e costume. De outro modo, teríamos dinheiros e palavras particulares, o que é uma ideia descabida e ponto inicial da escravidão. Se o dinheiro e a palavra não fazem sentido para a sociedade, simplesmente inexistem.
A ideia de que o dinheiro resulta de convenções sociais é tão antiga que está presente na própria etimologia da palavra que significa "moeda cunhada". A própria noção do dinheiro pressupõe civilização, premissa cujo inverso também pode ser demonstrado: as civilizações costumam depender da existência do dinheiro, qualquer que seja sua representação. O dinheiro é uma vasta metáfora social.
Uma breve história da barba e seus significados
Em algumas civilizações, os homens não usavam barba alguma. Sumérios e egípcios consideravam pelos do corpo e rosto desagradáveis. Já no Império Romano, os homens deixavam longas barbas elaboradas, com curvas e cachos, geralmente dedicadas aos seus deuses.
Talvez tenha sido na Inglaterra vitoriana, no século XIX, o período em que as barbas ficaram mais em evidência alcançando um status de modismo. Nessa época, a barba foi uma arma eficaz para transmitir ideais de poder e status.
No início do século passado, houve uma mudança considerável na aparência masculina graças à invenção das lâminas de barbear descartáveis, inventadas pela Gillette, em 1902. Um anúncio da época persuadia consumidores afirmando que "a melhor maneira de conquistar uma mulher é deixando a barba feita". A invenção de uma lâmina de barbear trouxe esse costume para dentro de casa. Os barbeiros reclamaram. O visual limpo, associado à disciplina e higiene, foi confrontado somente na década de 60. As barbas voltaram à moda graças a uma nova geração de jovens ocupada em protestar e questionar o "status quo". Hippies, beatniks e os black power usaram os cortes de cabelo e os pelos faciais como meios para comunicar seu novo ponto de vista.
Barbas e tatuagens
O look barbado encontrou ainda fãs no meio da comunidade gay, especialmente na década de 70, quando os "clones" passaram a adotar o mesmo visual de homens heterossexuais. Essa designação norte-americana de "clones" surgiu porque o intuito dos gays era se apropriar de uma imagem masculina que, ao mesmo tempo em que atraia outros homens gays, possibilitava o disfarce e não serem notados. Era uma época de forte homofobia.
Dos anos 80 em diante, as barbas entraram em declínio novamente, até chegarmos ao ponto em que depilar-se completamente, rosto e corpo, virou um ideal nos anos 90.
É a partir de 2008, após a crise financeira mundial que o ideal estético passou a ser a expressão da individualidade. Deixou de ter importância. Barbudo ou sem barba? O essencial é expressar seu "eu" através das tatuagens.
Qual o maior gênio da história?
Para muitos, o maior gênio foi a avó que inventou o bolo de cenoura com cobertura de chocolate para seus netos. E não estão errados. Em 1921, Lewis Terman, um pesquisador da Universidade Stanford (USA), juntou as mil crianças com maiores QIs da Califórnia e fez vários testes. Entre rastrear históricos médicos e analisar quantos livros liam, passou a acompanhar esse time ao longo da vida. E mesmo após sua morte, em
1956, sua equipe continuou com as pesquisas por mais 30 anos. Portanto, foram 65 anos com mil "gênios".
Fizeram uma descoberta interessante: a criatividade não está ligada à inteligência. Após um certo patamar, a genialidade não tem efeito sobre o pensamento criativo. Ou seja, ser um Einstein, ou uma Madame Curie, ajuda, mas não é preciso ser nenhum físico alemão com o cabelo despenteado para ter um cérebro capaz de resolver problemas de forma original. Na verdade, qualquer pessoa pode fazer isso e criar o novo bolo de cenoura com cobertura de chocolate.
Botinudo sim, mas de alto luxo
Quando se pensa na França, luxo e sofisticação vêm logo à cabeça. Na gastronomia, na perfumaria e, é claro, na moda. Com estilo e qualidade, a moda parisiense é objeto de desejo.
Entre as mais desejadas, lá no topo, está a Hermès. A história da marca começa em 1837, quando o artesão Thierry Hermes abre sua primeira butique perto da Igreja de la Madeleine. Muito antes de confeccionar as bolsas tão cobiçadas pelas mulheres e produzir as coleções de moda - feminina e masculina -, que enchem os armários dos estetas, a Hermès era uma selaria. Lá, eram concebidos e confeccionados selas, arreios e diversos equipamentos para cavalos e cavaleiros. Aliás, para os cavalos em primeiro lugar, conforme declaração do presidente da Hermès. Os preços são salgados, mas os equipamentos para equitação ainda permanecem na linha de frente em todo o mundo.