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Em Pauta

Nakao, o japonês de 2 milhões de pés de cafés e os árabes

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 27/06/2025 08:05
Nakao, o japonês de 2 milhões de pés de cafés e os árabes

É bem provável que todos saibam onde fica o Edifício Nakao, na 14 de julho. Todavia, poucos conhecem o inicio da vida empresarial de um dos japoneses mais importantes de C.Grande. Com a inauguração da estrada de ferro, teve inicio uma onda de imigrantes chegando em nossa região. Paulistas, paranaenses e catarinenses foram os primeiros. Os japoneses, húngaros e alemães fundaram colônias agrícolas em Terenos e Jaraguari. Italianos e portugueses criaram estabelecimentos comerciais e industriais. Os sírios e libaneses, inicialmente voltados ao comércio, começaram a entrar na agricultura e pecuária.


Nakao, o japonês de 2 milhões de pés de cafés e os árabes

Uma marcha que também foi do boi.

As migrações não foram apenas humanas. Migraram também as raças bovinas. Todos os tipos de raça zebu chegam do Triângulo Mineiro, especialmente de Uberaba. O que mais assombra, no entanto, foi a migração do café. O município de C.Grande passa a contar como dois milhões de pés cafeeiros. A alma dessa migração foi o japonês Nakao, pioneiro dessa atividade, e o sírio Antônio Abdo.


Nakao, o japonês de 2 milhões de pés de cafés e os árabes

A alimentação também migrou.

“Migrou” também um novo regime dietético, até então desconhecido. À clássica alimentação da carne, milho, feijão, arroz, mandioca e batata, não se afastou de sua base, mas contou com a introdução de todo gênero de hortaliças e frutos, e com a introdução do trigo, a “preço modo“, conta a história.


Nakao, o japonês de 2 milhões de pés de cafés e os árabes

O edifício mais alto da cidade.

Durante muito tempo, o imóvel conhecido até hoje como “Edifício Nakao”, em referencia ao nome de um de seus proprietários, foi fundamental para a paisagem da 14 de julho e da cidade. Por muitos anos foi o edifício mais alto de C.Grande, construído em 1.948, a pedido do empresário Joel Naim Dibo, que ao mesmo tempo, construiu outros vinte prédios, grande parte deles na mesma rua. O nome que Nakao deu a esse edifício foi “Futurista”. Posteriormente, passou a ser chamado Santa Eliza e, finalmente, Edifício Nakao, quando vendido à comerciante japonesa Nacao Gonsiro.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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