Chove dinheiro: uma história de guerra agora adotada pelo gov. brasileiro
O governo federal vem gastando o dobro do que arrecada. Brasília criou uma máquina que faz chover dinheiro. Artificialmente. E a máquina enlouqueceu, como todo extremismo, gastar muito mais do que produz, nos conduz ao caos. Essa é uma ideia antiga. Um de seus momentos mais marcantes ocorreu na Segunda Guerra Mundial.
Você enfiaria no bolso uma nota de R$100?
É provável que a maioria das pessoas pegasse algumas cédulas que estivessem caindo dos céus ao invés de informar as autoridades. Era exatamente isso que Hitler esperava com seu plano de fazer chover milhões de libras pela Inglaterra. Ele compreendia o que acontece quando o dinheiro perde valor. Tinha vivido a hiperinflação na Alemanha e sabia que o dinheiro é uma arma inigualável, capaz de desestabilizar um país. Também tinha como seu “mestre” nada menos que Vladimir Lênin, seu antagonista ideológico, para quem a maneira mais fácil de arruinar uma sociedade era “corromper sua moeda”. Ao enfraquecer o dinheiro, enfraqueceria o tecido da sociedade. Hitler tentou colocar em prática o plano da Luftwafffe lançar milhões de cédula falsas sobre o Reino Unido. Criaria o pânico.
A maior falsificação da história.
Em julho de 1.942, a nova arma de Hitler entrou em produção. Seria a maior falsificação já vista. Um telegrama foi enviado aos dirigentes dos campos de concentração convocando impressores, gravadores, artistas, coloristas, tipógrafos, especialistas em papel e bancários. A operação também precisava de matemáticos e de decodificadores para decifrar a sequência numérica da libra esterlina. Um grupo de homens foi levado a Sachsenhausen, um campo de concentração na Alemanha, saídos das demais prisões. Eram 142 almas desesperadas com a incumbência de quebrar o Banco da Inglaterra.
Precisavam de esquadrões de bombardeiros.
Os falsificadores imprimiram 132.610.945 libras esterlinas em notas falsas. Para lançar essa montanha de dinheiro nos céus da Inglaterra, seriam necessários esquadrões de bombardeiros que estavam à disposição quando o plano foi urdido em maio de 1.942. No entanto, quando as notas falsas ficaram prontas, no ano seguinte, o cenário era outro. A União Soviética estava derrotando as tropas nazistas e os recursos da Luftwaffe estavam sendo drenados para o leste europeu. Não podiam abrir mão dos aviões. O plano da chuva de dinheiro não teve um final apocalíptico.
Dinheiro poderoso.
O dinheiro pode ser mais poderoso que religião, ideologia ou exércitos. Mexer com o dinheiro é mexer com muito mais que o sistema de preços, a inflação e a economia - é mexer com a cabeça das pessoas. A história da chuva de dinheiro de Hitler lança luz sobre esse imenso poder. Brasília, como sempre, não sabe o que faz. Executivo e Legislativo são apenas um bando de irresponsáveis brincando de poder.
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