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Em Pauta

Três árvores generosas e três prefeitos incompetentes

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 19/03/2025 07:05
Três árvores generosas e três prefeitos incompetentes

Sonhando a cidade do futuro, Arlindo Gomes, o prefeito de Campo Grande de 1.921, organizou as leis da cidade obrigando seus moradores a plantar árvores. Para dar exemplo, atitude perdida ao longo dos anos, Arlindo plantou as figueiras da Afonso Pena e, todos os dias ao sair do expediente, as regava. A cidade cresceu admirando suas árvores. Os bairros mais cobiçados as tem em boa quantidade. Os pouco valorizados são pelados. Os três últimos prefeitos não perderam apenas - ou nunca tiveram - a capacidade de serem exemplares, perderam também a competência de cuidá-las. Não é por acaso que quatro delas caíram em uma ventania malemolente. A generosidade das árvores não é correspondida pelos últimos governantes da cidade. Pouco se importam… com quase tudo.


Três árvores generosas e três prefeitos incompetentes

A generosidade das árvores de Silvertein e Sabino.

Todos os dias um menino vai até uma árvore para se pendurar em seus galhos e descansar sob sua sombra. O menino ama a árvore e ela, feliz, o ama também. Porém, à medida que o tempo passa, o garoto cresce e começa a desejar mais do que a simples companhia da amiga para brincar e repousar. Ele passa a querer dinheiro, torna-se ganancioso. E a árvore, sem muitos recursos para ajudá-lo mas disposta a qualquer coisa para vê-lo feliz, vai abrindo mão de sua própria vida. Essa é uma história infantil famosa. Continua a ser atual.


Três árvores generosas e três prefeitos incompetentes

A árvore generosa de Schweikart.

A história narra a vida de uma árvore generosa que dava frutos deliciosos durante todas as estações do ano, proporcionando alimentos para os animais da floresta e para as pessoas. Com o tempo, a árvore começou a se sentir cansada e vazia. No entanto, quando uma menina chamada Maria demonstrou carinho e cuidado, regando suas raízes e compartilhando amor, a árvore se revigorou. A historia destaca a generosidade, a importância de cuidar uns dos outros e o poder do amor e do carinho para restaurar a vida e a beleza ao nosso redor. Com certeza, os três últimos prefeitos da capital não leram esses livros para seus filhos. Aliás, leram algum? Não se importam com nossas árvores. Desconfio que elas não passam de transtornos para eles e ela.


 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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