Túmulos abertos, furtos e mato ameaçam descanso eterno no Cemitério Santo Amaro
Visitantes pedem mais limpeza e segurança no cemitério, administrado pela Prefeitura de Campo Grande
Além da dor de perder uma pessoa querida, quem vai ao Cemitério Santo Amaro precisa lidar com mato alto, sepulturas abertas e portas de jazigos arrombadas para o furto de objetos de valor. O cemitério, administrado pela Prefeitura de Campo Grande, fica no bairro de mesmo nome.
RESUMO
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O Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande, enfrenta problemas de abandono, com mato alto, sepulturas abertas e furtos de objetos de valor. A empresária Luciamara Ferreira relata o descaso e pede mais segurança e limpeza. Túmulos são arrombados para roubo de peças de bronze. A aposentada Daise Magalhães destaca a presença de carrapichos e a necessidade de cuidados da Prefeitura. A administração municipal ainda não se pronunciou sobre suas responsabilidades na manutenção do local.
A empresária Luciamara Ferreira, de 50 anos, esteve no cemitério na manhã desta terça-feira (18) para limpar o jazigo onde estão sepultados seus avós e sua irmã. “É terrível o abandono, tem até túmulos abertos. É um descaso total. A família cuida e zela, mas, infelizmente, é um desleixo. A Prefeitura precisava fazer algo”, opina.
O túmulo dos familiares de Luciamara foi furtado há cerca de dois anos e se deparou com a sepultura ao lado também arrombada. “O túmulo vizinho está com a fechadura arrombada. Já furtaram várias peças de bronze do jazigo da minha irmã. Estouraram o vidro e levaram. Agora não deixamos mais nada de valor aí.” A empresária pede mais segurança e limpeza no local.
De azulejos verdes, o túmulo ao lado parece bem cuidado. Ele é decorado com flores e plantas e possui um desenho de criança colado no interior da sepultura. A parede externa, contudo, está quebrada perto da fechadura da porta, que foi forçada. Não há objetos de valor no interior da lápide.
Daise Magalhães, aposentada de 58 anos, levou flores para colocar nos túmulos de amigos, vizinhos e familiares sepultados no Cemitério Santo Amaro. Caminhando pelo local, o que mais chamou sua atenção foram os carrapichos presos à sua calça.

“Tem muito carrapicho. Acredito que seja porque eles só cortam a grama, mas não eliminam as pragas. Então, as sementes ficam e brotam novamente. Sendo administrado pela Prefeitura, o cemitério precisaria de mais cuidados”, relata a aposentada.
O pai de Daise Magalhães foi sepultado no Santo Amaro há 13 anos, por isso ela frequenta o cemitério há bastante tempo. “Até que não está tão ruim agora, porque, em outras épocas, estava bem pior. Da última vez que estive aqui, o mato estava tão alto que nos cobria. Digo que não está tão ruim porque já esteve pior, mas ainda está muito sujo.”
Ao Campo Grande News, a Prefeitura de Campo Grande informou que a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) “realiza a capina e limpeza dos cemitérios pelo menos uma vez por mês. Infelizmente, com as chuvas frequentes, o mato tem crescido rapidamente. Quanto à manutenção dos jazigos, a responsabilidade é dos familiares, pois os terrenos onde foram construídos são particulares.”
A nota da administração municipal segue dizendo que “em relação aos furtos, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) tem reforçado as rondas, e a gerência dos cemitérios municipais está buscando formas de intensificar a fiscalização nos três cemitérios municipais existentes em Campo Grande: Santo Amaro, Santo Antônio e São Sebastião.”
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