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Finanças & Investimentos

Seis passos para administrar e sair das dívidas

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 12/09/2016 14:26

No gerenciamento de dívidas pessoais, uma questão bastante relevante é como fazer para sair delas. Observe os passos abaixo. Eles apresentam alguns pontos básicos, porém muito importantes. Agora vamos explorar brevemente cada um deles.

Passo 1: Reconhecer o endividamento - Este é um passo fundamental, sem o qual os demais, decorrentes deste, não terão como ser realizados. Além disso, reconhecer o quanto antes esta situação é importante para diminuir a dívida e parar um processo que tende a se agravar com o passar do tempo. Para algumas pessoas, é possível que este processo de reconhecimento da dívida seja uma tarefa difícil, o que vai requerer um grande esforço. O reconhecimento da situação de dívida deve ser compartilhado com a família. A participação da família é fundamental, sobretudo em circunstâncias que vão requerer a participação e o esforço de todos, uma vez que toda a família deverá se adequar à nova realidade. Desta forma, não basta que apenas o casal compreenda a situação. A compreensão por parte de todos diminuirá conflitos e facilitará o dia a dia deste momento nada agradável.

Passo 2: Avaliação da dívida - Posteriormente, faça um levantamento detalhado do tamanho da dívida. Elencar o que é devido para cada credor envolve fazer um balanço do endividamento, a fim de se verificar a gravidade da situação. Além do montante devido, igualmente relevante é definir o perfil desta dívida, indicando o prazo de amortização, o valor das parcelas, a taxa de juros, os eventuais bens colocados em garantia e demais informações pertinentes a cada fonte onerosa de capital. Conhecer detalhadamente o seu endividamento é necessário para o pleno entendimento da situação.

Passo 3: Faça o seu orçamento familiar - Com este orçamento, você identifica como são realizados os seus gastos e em que contas ocorrem as maiores despesas e desperdícios. Em relação às contas, é importante que elas sejam classificadas para fins de análise e de decisões de remanejamento ou corte orçamentário. Uma sugestão de classificação das despesas é classificá-las por meio de duas dimensões. A primeira é o grau de essencialidade, sendo obrigatório ou não obrigatório. A segunda dimensão é se o perfil do desembolso é fixo, sem alterações periódicas, ou variável, alterando-se conforme o consumo a cada período. Portanto, elas podem ser assim divididas:
Obrigatórias fixas;
Obrigatórias variáveis;
Não obrigatórias fixas; e
Não obrigatórias variáveis.

Passo 4: Ajuste o orçamento - A classificação anterior permite à família tomar melhores decisões de cortes orçamentários. Os desembolsos obrigatórios são de difícil corte, enquanto que os cortes dos não obrigatórios tendem a ser mais fáceis. O ajuste no orçamento pode iniciar pelo corte de despesas não obrigatórias, passando, em seguida, ao corte das despesas obrigatórias variáveis.

Passo 5: Pague as dívidas - Com o orçamento ajustado, veja quanto ficou disponível para pagar as dívidas. Tendo o orçamento como referência, negocie, negocie e negocie com os credores. O objetivo é alterar o perfil da dívida, ampliando o seu prazo de pagamento e reduzindo os juros dentro do possível. Um princípio básico é trocar dívidas mais caras de curto prazo, por dívidas com prazos de pagamento mais longos e taxas de juros menores. Com isto, pode-se iniciar o pagamento das dívidas de maneira consistente.

Passo 6: Cuidados para não repetir o erro - Em seguida, é fundamental que o controle continue e que não haja a incorporação de novas dívidas. Portanto, estanque as dívidas, evitando compras à prazo e preferindo compras à vista. Como sugestões, cancele o cartão de crédito e deixe de usar o cheque especial.

Por fim, aprenda com os erros. Entenda qual foi a verdadeira origem da dívida para não repeti-la. Busque ser uma família superavitária e próspera. Entretanto, deixe algum recurso para o lazer (o qual deve ser pago à vista!). Mesmo em momentos difíceis, a família necessita relaxar e ter alguma descontração. Em síntese, reconhecer a situação, conhecê-la em detalhes, negociar com os credores, rever o perfil da dívida, amortizá-la e aprender com os erros. Abraços e até a próxima!

Fonte: Erico Marques e Jocildo Neto /Dinheirama.com
Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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