PMDB – protagonista ou coadjuvante em 2018?
“SUTIÃ DE ITU” Só ele para abrigar essas tetas. São 304 sindicatos de empregados no MS, 15.007 no Brasil. Se o parâmetro para aferir o progresso do País fosse o número de sindicatos, a Dinamarca, com 164 sindicatos, e o Reino Unido, com 168, estariam no sal. Vamos acordar para a nova ordem mundial?
ENFIM... Neste ritmo e com tantos encargos, vamos nos limitar ao agronegócio e à venda de minérios, importando o que nossas fábricas não produzem mais por falta de competitividade. Pergunto: já notou quantos itens industriais de seu consumo são produzidos no País? “Olha a China aí gente!!!”
A PROPÓSITO Estou convidado para participar como debatedor no dia 16 de maio do evento promovido pela Fiems (Federação da Indústria de MS) para apreciar as questões pertinentes as reformas trabalhista e da Previdência. Economistas, empresários, juristas e diretores de sindicatos patronais também marcarão presença.
DEFINIDO Ao colunista, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), já se posicionou que apoia a decisão da direção nacional em destituir a deputada federal Tereza Cristina da presidência regional do partido. Planejando uma eventual candidatura ao Senado, o médico Ricardo Ayache assumiria o posto.
MILLÔR FERNANDES Sua antiga frase “As leis foram criadas para burlar a Justiça” serve como uma luva no episódio do Senado em aprovar a “Lei do Abuso de Autoridade”. O cidadão de mediana inteligência sabe que é uma lei de encomenda para proteger os políticos corruptos.
PERGUNTO: O PMDB de Mato Grosso do Sul sobreviverá com o ex-governador Puccinelli fora de qualquer disputa? Há duas vertentes. A primeira, o PMDB é forte no interior com prefeito e vereadores e que tiraria bom proveito da natural divisão partidária em qualquer cidade.
A SEGUNDA vertente é que sem a disputa majoritária o partido se desintegraria, não só pela carência de outra figura interna de sua estatura, mas também pelo desgaste devido ao envolvimento do PMDB nos casos da Lava Jato. Virou partido corrupto, tal qual o PT, PP, PR e tantos outros.
DETALHE Vivemos o período de ‘caça às bruxas’ que pode contaminar ainda mais a imagem de André. Após o caso do ex-deputado Edson Giroto (PR), veio a denúncia de cobrança de propina, por um diretor da Odebrecht, envolvendo André, Giroto e João Amorim junto a uma empreiteira de rodovia.
A MÍDIA mostra os fatos em notícias diversas. O leitor vai juntando os detalhes e acaba formando sua convicção sobre a eventual culpabilidade ou inocência deste ou daquele personagem. É assim que funciona em qualquer circunstância, onde busca-se entender um fato como um todo.
A DÚVIDA é se essas notícias comprometedoras desgastarão André a ponto de inviabilizar sua candidatura. Ele se posta defensivamente fomentando a vitimização e longe de estar acuado, age nos bastidores usando seu prestígio em Brasília para nomear titulares dos cargos federais no Estado.
DESAFIOS São muitos. Além de ficar incólume ao estigma do PMDB na corrupção nacional, André não teria como força de apoio fundamental a prefeitura da Capital. O prefeito, Marcos Trad (PSD), descarta apoiá-lo e se juntaria ao PSDB do governador Reinaldo Azambuja e ao PTB, de Nelsinho Trad.
DESASTRE... Em 1990, o PMDB optou em indicar a deputada Celina Jallad candidata a vice governadora de Gandi Jamil. Elegeu só Valter Pereira para a Câmara Federal e André Puccinelli, Valdenir Machado, Waldemir Moka e Franklin Masruha para a Assembleia Legislativa. Um vexame.
RENOVAÇÃO Muitos acham que Wilson Barbosa Martins e Pedro Pedrossian não deveriam ter disputado as eleições de 1994 e 1998, respectivamente. O primeiro se elegeu, mas teve desempenho pífio. O segundo não se olhou no espelho, fiou-se apenas no passado e ficou em terceiro lugar.
COMPARAÇÕES Ouço algumas delas ligando as trajetórias de Pedrossian e de Puccinelli. Concordo apenas na incomensurável sede pelo poder de ambos. Os tempos são outros e as exigências do eleitor são infinitamente maiores. Mas não se pode esquecer o ‘espírito latino’ de André.
PARAQUEDAS Há mais dúvida do que certeza quanto a unidade do PMDB aqui no Estado. Claro que o desgaste das lideranças nacionais pesa contra, criando uma espécie de estigma, a exemplo do PT. Cada deputado preocupa-se em se reeleger, deixando o nome da majoritária em segundo plano.
VEJA BEM: O PMDB tem só um deputado federal, Carlos Marun, e o senador Waldemir Moka terá concorrentes de peso em 2018. Já na Assembleia Legislativa: Antonieta Amorim, Eduardo Rocha, Junior Mochi, Marcio Fernandes, Paulo Siufi e Renato Câmara. E mais: o partido perdeu as últimas eleições municipais nas principais cidades. Isso pesa sim!
A POLÍTICA ensina que é preciso conviver com os adversários. Isso os deputados do PMDB vêm fazendo com precisão na Assembleia Legislativa. No fundo, uma mão lava a outra. O governo atende aos pleitos dos parlamentares, inclusive com emendas, e eles são parceiros nos seus projetos.
TERCEIRA VIA É possível que, devido ao cenário, a tal surpresa reapareça em 2018? Deputados não admitem a hipótese e indagam: Quem? E de onde viria o dinheiro para a campanha? Mas já tem eleitor dizendo que não votará de graça. Aí será preciso ‘combustível’ para motivá-lo.
JUNTOS? Qual a reação do eleitor de um eventual casamento PMDB-PSDB? Haveria espaço para outra candidatura tida como ‘nova’ - tipo João Dória? As pesquisas estão aí, mas podem ficar superadas dependendo dos desdobramentos dos escândalos das empreiteiras - via Lava Jato. O eleitor é incrível; costuma ligar uma coisa a outra. Aí castiga sem dó.
CANDIDATA? Fala-se na senadora Simone Tebet como alternativa para o PMDB, Ela trocaria o paraíso para a dureza de uma campanha desgastante e sem tantos recursos para gastar? E mais, seu marido – deputado Eduardo Rocha (PMDB) tem planos de tentar a Câmara Federal.
LEMBRETE do presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), conselheiro Waldir Neves: “O combate a corrupção só será possível se a sociedade participar. Desde a hora do voto, com denúncia, acompanhando no seu município. Aqui no TCE temos a ouvidoria para receber denúncias. Qualquer cidadão pode ligar para cá ou entrar no nosso site e fazer uma denúncia que pode ser anônima.”
ALMA LAVADA Estive com o deputado estadual Lídio Lopes (PEN) tão logo o Tribunal de Justiça decidiu pelo desbloqueio de seus bens na ação de improbidade do Ministério Público Estadual. Emocionado, disse que a decisão judicial é um argumento convincente de sua conduta para seus eleitores.
“Está morrendo o nosso passado e insisto: - um dia acordaremos sem passado.” (Nelson Rodrigues)