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JULHO, TERÇA  29    CAMPO GRANDE 12º

Direto das Ruas

Cabo da PM é acusado de liderar espancamento de jovens em casa noturna

Quartel abre investigação interna para apurar conduta de militar envolvido nas agressões

Por Bruna Marques | 28/07/2025 17:26


RESUMO

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Cabo da PM é acusado de agredir jovens em casa noturna. Marcos Paulo Martins Ferraz, de 38 anos, teria espancado frequentadores do local enquanto trabalhava como segurança em Três Lagoas (MS). Vídeos mostram Ferraz e outros funcionários agredindo os jovens com socos, chutes e cassetete. Ao menos dois jovens sofreram ferimentos graves na cabeça, e um deles chegou a desmaiar. Testemunhas afirmam que a confusão começou dentro da casa noturna, quando um jovem foi atacado com um "mata-leão" e desmaiou. Ao questionarem a agressão, os amigos também foram atacados. A empresa de segurança do PM, MFS Segurança, é acusada de operar irregularmente e ser alvo de outras denúncias de agressão. A Polícia Militar confirmou a investigação do caso e apura se Ferraz é de fato dono da empresa, o que seria ilegal.

O cabo da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Marcos Paulo Martins Ferraz, de 38 anos, é acusado de agredir jovens em frente a uma casa noturna de Três Lagoas, a 327 quilômetros de Campo Grande, na madrugada de sábado (26). O servidor atuava como segurança no local e aparece em vídeos, junto com outros funcionários da empresa, espancando frequentadores com socos e chutes.

A denúncia chegou ao Campo Grande News na tarde desta segunda-feira, pelo canal Direto das Ruas.

Segundo o leitor, que preferiu não se identificar por medo, o policial é dono da MFS Segurança, empresa que atuava no evento de forma irregular. Ao menos dois jovens tiveram ferimentos graves na cabeça, e um deles chegou a desmaiar após as agressões. As vítimas foram socorridas no Hospital Auxiliadora.

Cabo da PM é acusado de liderar espancamento de jovens em casa noturna
Jovens tiveram ferimentos no couro cabeludo (Foto: Direto das Ruas)

As imagens mostram um jovem de branco correndo com um cassetete na mão, quando é atacado por um homem de camiseta preta. Em seguida, Ferraz, careca e com roupas comuns, se aproxima e também participa das agressões. Outro segurança com colete se junta à cena.

Em determinado momento, um disparo é ouvido, e um dos presentes grita: “Atirou, atirou, caiu.” A confusão termina com o policial indo para cima de quem filmava o ataque. Imagens às quais a reportagem teve acesso mostram os ferimentos na cabeça dos jovens.

Testemunhas relatam que o caso começou quando um dos jovens foi atacado por seguranças com um “mata-leão”, ainda dentro da casa noturna. O rapaz desmaiou e foi deixado no chão. Ao questionar a ação, os amigos também foram agredidos. “O policial chegou lá para conversar com os rapazes, mas já chegou batendo”, afirmou o denunciante.

Cabo da PM é acusado de liderar espancamento de jovens em casa noturna
Lesão na lateral do corpo de uma das vítimas, com sinais de hematoma e vermelhidão, possivelmente provocada por cassetete (Foto: Direto das Ruas)

Conforme o leitor, a MFS, de propriedade de Ferraz, não tem autorização legal para funcionar, mas atua em diversos eventos da cidade e é alvo de outras denúncias por agressões e abusos.

“É inadmissível que um policial militar use da farda e da estrutura pública para montar uma empresa irregular e agredir jovens covardemente”, desabafou.

Em nota, a Polícia Militar confirmou que o caso já está sendo investigado por meio de um inquérito policial militar. Sobre a denúncia de que Ferraz é dono da empresa, a assessoria respondeu: “Oficialmente não deveria ser, mas certamente esse estará dentro da investigação ou ensejará um novo procedimento para apurar essa situação em específico".

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