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Direto das Ruas

Com filha no colo, passageira fica com braço preso em porta de ônibus

Diarista ia à UPA no Jardim Leblon acompanhada de suas filhas de 3 e 8 anos

Por Geniffer Valeriano | 19/12/2023 13:15

Carregando filha de 3 anos, mulher fica com braço preso em ônibus que sai logo em seguida a arrastando. Kevelyn Valeska Melgarejo, de 29 anos, estava indo até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon quando a situação ocorreu no final da tarde desta segunda-feira (18).

A diarista relata que precisou utilizar o coletivo para ir até a unidade de saúde buscar o resultado de um exame de sua filha mais velha, de 8 anos. Para chegar até a UPA, Kevelyn pegou o ônibus que faz a linha do Bairro Oliveira.

“Eu estava com a minha bebê de 3 anos no braço direito, estava com mochila e sacola dela na minha mão esquerda. Quando eu desci o meu pé e o meu braço direito, ele fechou o meu braço esquerdo e começaram a gritar na porta e eu não consegui nem soltar a minha bebê para bater na lata do ônibus para pedir socorro”, relembra.

Após ficar com o braço preso, o motorista do veículo ainda arrastou a mulher por uma pequena distância. Enquanto estava sendo arrastada, a outra filha da diarista gritava dentro do ônibus pedindo para que o condutor parasse. Após parar e a menina descer, o ônibus seguiu viagem.

“Ele não desceu, não parou para ver como que eu estava, ele simplesmente me arrastou. Não longe, né? Claro, mas eu poderia ter caído com a minha bebê ali na roda de trás do ônibus. Depois disso eu passei mal. Do mesmo jeito que ele fez isso comigo, com certeza, ele fez com outra pessoa porque ele não desceu nem para ver como eu estava porque eu tava com uma bebê mesmo que eu tivesse sozinha, né? Ele poderia ter parado e ver como é que eu estava”, diz.

Com a filha passando mal, a mulher diz que novamente precisará voltar ao posto de saúde. Ao anunciar a ida para as filhas, ela relata que a caçula disse: “mãe, vamos de Uber para a senhora não ficar com o braço preso de novo”.

A mãe ainda relata que faz tratamento de transtorno afetivo bipolar, precisando tomar calmante, com o susto que tomou ela precisou ser acolhida por comerciantes da região. Na manhã desta terça-feira (19), Kevelyn protocolou a sua reclamação no Consórcio Guaicurus. A diarista diz que ainda irá registrar um boletim de ocorrência.

“Se ele mata alguém, derruba outra pessoa, e não desce nem para prestar um socorro. Se ele fez isso comigo, ele fez com outra pessoa também. Ele não teve coragem de descer e me ajudar prestar um socorro”, reclama.

O Consórcio Guaicurus informou ao Campo Grande News que vai apurar o ocorrido.

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