Astro de salão, cão Ferdinando é assistente que só trabalha no colo
Dono diz que, quando o cachorro precisa ficar em casa, a tristeza bate forte
A primeira vez que Ferdinando viu o dono, João Neves, não perdeu tempo e fez logo um pedido: “Me leva com você?”. O cabeleireiro encontrou o bichinho em uma feira de adoção há quase quatro anos e, desde então, tudo mudou. O cachorro sem raça definida virou a paixão de João e também seu assistente no salão. Carinhoso, Ferdinando não dispensa um bom colo, especialmente se for o das clientes que passam por lá.
Dedicado, ele não perde um dia de trabalho e, quando precisa ficar em casa, a tristeza bate forte no cãozinho.
“Ferdinando é o astro do salão, todo mundo ama, não tem como não amar. Eu sempre inseri ele em todos os contextos. E ali, no meu trabalho, como era um lugar todo fechado, muito seguro, havia a possibilidade de levá-lo. Então foi uma ideia que deu muito certo. É muito legal, porque, quando ele não pode ir comigo, por qualquer motivo, ele fica extremamente entristecido. Ele sente mesmo que não foi trabalhar. Isso é muito doido”, conta João.
A adoção foi inesperada, já que, na época, João morava com um primo e havia um acordo de não levar cachorros para casa. Apesar disso, o cãozinho logo conquistou seu espaço no lar. Não demorou muito até que o cabeleireiro começasse a atender no atual estúdio — e que Ferdinando fosse oficialmente contratado como funcionário CLT, mas, claro, com os benefícios de chefe.
“Foi bem engraçado como adotei ele, porque eu estava trabalhando, era um sábado, já quase no fim da pandemia. Uma amiga minha mandou uma foto de uma filhote que estava no apartamento dela, e eu achei uma graça. Ela comentou que estava tendo uma feira com vários cachorrinhos. Eu só queria ir lá brincar com eles. Mas a única gaiola com cães era a do Ferdinando. Assim que cheguei, peguei ele no colo — e depois não consegui mais largar.”
A história de Ferdinando começa quando ele foi encontrado em uma caixa de papelão na beira da BR, junto dos irmãozinhos. Foram largados à própria sorte, segundo João. Até 2024, ele era filho único, até que ganhou irmãos felinos.
“A família foi crescendo, até que agora a gente tem cinco pets além do Ferdinando: são quatro gatos e dois cachorros”, explica.
A escolha do nome do assistente de João também tem um toque inusitado. Veio como um “sussurro”.
“É uma coisa doida, porque todo mundo me pergunta se é por conta daquele filme da Disney, o Touro Ferdinando, e nunca foi. Aliás, eu nunca assisti esse filme, nem sabia que existia. Foi o nome que veio na minha cabeça na hora em que o adotei. Foi imediato. Achei que era a cara dele e encaixou perfeitamente.”

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