Dona de hípica relata que não tem luz e teme que cavalos fiquem sem água de poço
Segundo ela, ao menos, 24 animais estão prejudicados por conta da falta de abastecimento
Proprietária de uma hípica no Jardim Veraneio, em Campo Grande, relata nesta manhã (19), que a luz ainda não voltou em algumas residências na região, passados alguns dias após os fortes temporais que derrubaram árvores e prejudicaram a transmissão de energia elétrica. Essa situação, segundo ela, também prejudica a distribuição de água do poço e preocupa devido aos 24 cavalos que estão no local.
“Já mandei mais de seis solicitações, mas simplesmente desaparecem do sistema”, diz Michelli Carulina da Silva. Ela acredita que a situação pode se resolver com apenas um reparo no poste de energia. “O problema aparentemente é simples de resolver. É uma chave desarmada no transformador”, completa.
Estou pegando água de um tambor do vizinho, que está a quadras lá acima. É um sacrifício que a gente está fazendo para suprir aqui, de água".
Com os recentes temporais, árvores caíram e atingiram a rede de transmissão elétrica em várias partes de Campo Grande. Para além da queda na luz, alguns moradores que dependem da água de poço, relatam também o desabastecimento hídrico em casas e estabelecimentos.
Nesses casos, onde a residência não é contemplada pela Águas Guariroba, concessionária responsável pela distribuição desse recurso, a população está amparada pela lei para construir tais estruturas, desde que cumpra determinados critérios. “Não temos fornecimento de água encanada aqui na região e dependemos da água do poço, o que está sendo pior, pois não temos água para fornecer para os animais”, relata Michelli.
“Aqui, trata-se de um centro de equoterapia, onde atendemos pessoas com deficiência. Na mesma rua, temos várias residências e um condomínio, todos sem energia e, consequentemente, água”, finaliza a proprietária.
Falta de luz e água - Outros relatos encaminhados por meio do canal Direto das Ruas são de moradores que chegaram a se desesperar pela falta de energia. Em casas onde a distribuição de água ocorre por meio de poços artesianos, a situação foi ainda mais preocupante.
Até a última atualização da Energisa, empresa responsável por distribuir tal recurso às moradias na Capital e à maioria dos municípios sul-mato-grossenses, cerca de 12% das casas afetadas ainda tinham problemas. A reportagem questionou a concessionária a respeito do caso da hípica, mas não foi respondida até a publicação desta matéria.
"São 1,5 mil colaboradores a serviço e a concessionária já avança pelas zonas rurais a fim de restabelecer os clientes, uma vez que a maior parte das ocorrências envolveram objetos lançados à rede pelos fortes ventos, como galhos e árvores, além da quebra de postes e torres. Nesses casos, os reparos são de maior complexidade e devem obedecer protocolos rígidos de segurança", informou ontem à noite a Energisa.
Uma leitora diz que na Rua Augusta Rossini Guidi, no Jardim Sumatra, uma árvore caiu e interrompeu a transmissão elétrica. O bairro ficou sem luz às 20h de domingo, que só foi restabelecida por volta das 16h de segunda-feira.
No entanto, ela diz que a vegetação segue na via pública. “Desde o dia que teve o temporal, a árvore está caída no meio da rua. Atrapalhou a passagem e parte do bairro ficou sem energia. A gente precisa da energia para ter água. É uma situação bem complicada”.
A protetora de animais Laura Pereira Ximenes, de 40 anos, reclama que uma moradia de dois idosos na Vila Progresso segue sem energia elétrica há quatro dias.
No Guanandi, entre as ruas Arapuã e Javari, outra árvore caiu na rede elétrica e interrompeu a transmissão de energia, provocando falta de abastecimento dos poços. "Estamos sem luz e sem água desde sexta, aqui é poço. Caiu uma árvore na rede elétrica e até agora, ninguém veio arrumar", relata a moradora. Neste lugar, a luz já retornou.
De acordo com a Energisa, a recomendação é manter distância dos postes e fiações e não fazer intervenções. Para mais informações, entre em contato pelo aplicativo de celular Energisa On ou por meio do WhatsApp da Gisa, o (67) 99980-0698.
Direto das Ruas - A denúncia chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.
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