Fechamento de rodoviária preocupa quem precisa viajar a trabalho
Gastos com diários com passagem de ônibus de Terenos a Campo Grande são de R$ 17,80 e de carro chegam a R$ 40
O anúncio do fechamento do Terminal Rodoviário de Campo Grande por 30 dias para conter a propagação do coronavírus é motivo de preocupação para quem vive em Terenos e precisa percorrer 60 quilômetros por dia, entre ida e volta, para trabalhar na Capital.
Este é o caso de um assistente contábil de 31 anos, que pediu para não ter o nome divulgado. Ele conta que entre os meses de março e abril, quando o terminal foi fechado pela primeira vez a empresa em que trabalha arcou com os custos do combustível. “Mas não fica barato”, diz.
O assistente contábil fez os cálculos. De ônibus, o gasto diário é deR$ 17,80, mas quando a viagem é feita em veículo próprio o valor sobe para quase R$ 40. “É uma situação difícil. Lá em Terenos não tem muito emprego e a gente leva sorte de conseguir aqui. Mas que empresa vai contratar se o vale transporte ficar mais caro?”, questiona.
Ele afirma que a maioria dos passageiros que pegam ônibus de manhã são trabalhadores e enfatiza a necessidade de se pensar neste público. Para o assistente contábil, não faz muito sentido os ônibus deixarem de atender a cidade já que nem todos passam pela rodoviária. É o caso deste que vem de Terenos para Campo Grande.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Terenos para saber se existe alguma alternativa sendo debatida com o Executivo de Campo Grande.
O controlador geral, Ewerton Fortuna Sant' Ana comentou que o assunto será debatido pelo comitê de crise da covid-19. Por enquanto não há uma resposta sobre o que será feito. Ele também não soube informar o número exato de moradores que trabalham na Capital.
O presidente do Rodosul (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros No Estado de Mato Grosso do Sul), Osvaldo Possari lamentou o fechamento das rodoviária por mais uma vez e disse que as medidas de biossegurança que estão sendo seguidas são muito rígidas.
Ele teme o aumento do transporte clandestino com esta suspensão das atividades.
A reportagem também tentou contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande, mas não teve resposta até o fechamento da edição.
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