Na fila por cirurgia, diabética aguarda por amputação do dedão do pé há 2 meses
Idosa está internada no Hospital Universitário, mas já esteve em Upas e relata já não aguentar mais esperar
Há dois meses Ivone Aparecida Domingos, de 66 anos, aguarda por uma cirurgia de amputação do dedão do pé. A idosa, que é diabética e hipertensa, contraiu uma bactéria que necrosou o membro e impossibilita a restauração dos ossos e da pele. A paciente está há 4 dias no HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) e teve o procedimento cancelado três vezes.
A idosa já esteve na Upa no bairro Jardim Leblon, por três dias, para aguardar uma vaga nos hospitais de Campo Grande. De acordo com a filha, Sandra Regina Domingos, 26, a família teve que entrar com um pedido judicial para realizar a cirurgia.
“Concederam uma vaga agora e está nesse estado. Está no universitário, ficou no corredor três dias, quando chegou terça agora, falaram que ela faria a cirurgia. Aí, depois cancelaram por falta de medicamentos. Marcaram pra ontem, então cancelaram de novo. Hoje ela iria operar às 13h, mas até agora nada e nem justificaram”, comentou.
A denúncia chegou ao Campo Grande News, através do Canal Direto das Ruas. Ivone relata não aguentar mais a situação. “Eu vou falar, não sei porque ficam cancelando a cirurgia. Já tem dois meses essa vida. Fica no posto, de lá vai para UPA, ai teve que ir na justiça, depois lá vem pro hospital, fiquei no corredor. Não aguento mais “, ressaltou à reportagem.
A filha, evidenciou que a mãe terá que permanecer no hospital para não começar a luta pela cirurgia novamente.“Vai ter que ficar aqui até o médico ter a boa vontade de remarcar a cirurgia dela. Igual falaram pra mim: se ela sair do hospital começa tudo de novo. Ela não está aguentando mais”, disse.
De acordo com o HU, o hospital teve algumas ocorrências que justificaram os cancelamentos. “Antes da cirurgia dela, aconteceu uma outra que começou às 7h40 e terminou somente às 16h50. Era para ser de 3 horas e tiveram complicações. Durou muito mais.
O paciente continua no centro cirúrgico. Hoje para atendimento o Humap está com 3 anestesistas e chegaram vários casos de cirurgias emergenciais, que tiveram prioridade em relação ao caso da Sra Ivone”, pontuou.
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