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AGOSTO, SEXTA  01    CAMPO GRANDE 21º

Direto das Ruas

"Quando mato seca, um abençoado vem e bota fogo", reclama vizinha após incêndio

Moradora do Bairro Rita Vieira diz que problema é recorrente e causa transtornos à família

Por Silvia Frias | 31/07/2025 10:34


RESUMO

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Uma professora de 48 anos enfrentou um incêndio em terreno baldio em frente à sua residência no Bairro Rita Vieira, em Campo Grande. O incidente, ocorrido durante a madrugada, foi alertado pela filha de 21 anos, que precisou de atendimento médico devido à fumaça que agravou seu quadro gripal. Moradora do local há 14 anos, Maria Santos relata que o problema é recorrente durante a época de seca, além de enfrentar outras questões como mato alto, presença de animais peçonhentos e descarte irregular de lixo. A prefeitura possui legislação que prevê multa e cobrança pela limpeza de terrenos baldios após duas notificações não atendidas pelos proprietários.


A professora Maria Santos, 48 anos, foi chamada pela filha, às 2h30, que queria alertar os pais para o fogo no terreno em frente de casa, na Rua Semiramis, no Bairro Rita Vieira. “Quando o mata seca, um abençoado sempre vem e bota fogo”, lamentou. As imagens foram enviadas pelo canal Direto das Ruas.

Em toda a extensão do terreno, era possível ver vários focos de incêndio e a fumaça que o vento levava em direção à casa da família. Pouco antes do chamado da filha, a professora relatou que o cachorro latiu muito. “Pode ser a hora que botaram fogo ali.”

Maria conta que a filha, de 21 anos, estava gripada e a situação piorou com o fogo. Com dor de garganta e muita tosse, a jovem pediu para ser levada ao posto de saúde.

Neste meio-tempo, a equipe do Corpo de Bombeiros chegou e apagou as chamas. Porém, o problema é recorrente. A professora mora há 14 anos no local e diz que, no tempo seco, os terrenos sempre são alvos de incêndios. Outro problema é o mato alto que toma conta das áreas.

A professora conta que já recorreu a vereadores, que protocolaram ofícios à prefeitura, na tentativa de notificar os proprietários, mas não sabe qual foi o encaminhamento final. A vizinhança também não tem certeza de quem seriam os donos das áreas.

Neste tempo em que mora no bairro, já sofreu os infortúnios por ser vizinha de terreno baldio. Quando o mato está alto, há presença de animais peçonhentos ou ratos. Segundo ela, o marido faz a capinagem, pelo menos na rua de frente, para minimizar o problema. No tempo seco, os incêndios. Além disso, as áreas são usadas como depósito de entulho, galhos de árvores e lixo.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura para tentar identificar a propriedade das áreas e aguarda retorno para atualização do texto.

Conta da limpeza – Desde novembro de 2023, a regulamentação da Lei Complementar 505/23, que altera o Código de Polícia Administrativa da Capital, prevê que equipes da prefeitura façam a limpeza, e o custo deve ser pago pelo dono do terreno, caso ele já tenha recebido duas multas e não tenha providenciado a manutenção do local.

O primeiro prazo é de 15 dias. Depois disso, a equipe da prefeitura volta a vistoriar o terreno e, se for constatado que o proprietário não atendeu ao pedido, ele é novamente notificado e multado, dessa vez no dobro do valor da primeira multa.

Após duas notificações não solucionadas, a demanda é encaminhada à Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), que fica responsável por prestar serviços de limpeza ao terreno. O proprietário do imóvel, além de pagar as multas, também terá que ressarcir o custo deste serviço executado pela prefeitura.

Conforme orientações já repassadas pela prefeitura, a população é orientada a formalizar sua denúncia através dos serviços de teleatendimento da Central 156. Além disso, a denúncia de terreno baldio pode ser realizada através da plataforma "Fala Campo Grande 156", disponível para download nas lojas de aplicativo para iOS e Android e no sítio fala.campogrande.ms.gov.br.

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