Bebê de 1 ano é mordida por morcego, mas precisa de desespero?
Sesau informa que 454 animais foram recolhidos com suspeita de raiva em Campo Grande neste ano
Naomy Camille dos Santos Ozório ficou preocupada após a filha, bebê de apenas 1 ano, ser mordida por morcego dentro de casa, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. Segundo a jovem, o animal saiu de terreno baldio ao lado da residência, na Rua Panambi, que está há anos abandonado e tomado pelo mato. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
RESUMO
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Bebê de um ano é mordida por morcego após incêndio em terreno baldio em Campo Grande. O incidente ocorreu na residência da família, localizada no Bairro Tiradentes, após um incêndio descontrolado em um terreno abandonado ao lado da casa. A mãe da criança, Naomy Camille dos Santos Ozório, relatou que o animal saiu do matagal e invadiu a casa. A bebê foi levada ao médico, tomou as vacinas necessárias e passa bem. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foi acionado para recolher o morcego. Moradores da região reclamam do terreno abandonado, que se tornou foco de animais peçonhentos e transmissores de doenças. Campo Grande registrou 454 morcegos recolhidos com suspeita de raiva este ano, nove com resultado positivo. A vacinação antirrábica para cães e gatos começa em agosto na capital. O CCZ atende pelos telefones (67) 3313-5000 e (67) 99142-5701 (WhatsApp).
Na noite do incidente, o terreno foi incendiado sem qualquer controle, o que assustou moradores da vizinhança. “É um perigo constante! Escorpiões, ratos, morcegos… tudo saindo desse matagal e invadindo as casas. Os moradores estão com medo, cansados de denunciar, e ninguém faz nada”, desabafa Naomy. A bebê foi levada imediatamente ao médico, tomou as vacinas indicadas e passa bem, sem sintomas, segundo a mãe.
Ela relata que acionou o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) nesta manhã para recolher o bicho. “Disseram que estavam a caminho. O Corpo de Bombeiros também foi chamado, mas informou que não faz a remoção e orientou a não matar o animal nem mexer nele”, contou.
No começo deste mês, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou que apenas neste ano 454 morcegos foram recolhidos com suspeita de raiva em Campo Grande. Desses, nove testaram positivo para a doença. Em 2024, foram 582 animais, com seis confirmações.
A presença do vírus da raiva entre morcegos é considerada endêmica, ou seja, constante, mas sem configuração de surto. A cidade não registra casos de raiva humana desde 1968, e o último caso em cães foi em 2011, após mais de duas décadas sem ocorrências.
Ainda assim, a orientação é clara: qualquer pessoa atacada por morcegos ou outros mamíferos deve procurar imediatamente uma UPA ou CRS 24 horas para iniciar o protocolo de prevenção da raiva.
A vacinação de cães e gatos segue como principal medida preventiva contra a raiva. A Campanha Anual de Vacinação Antirrábica será iniciada em agosto, com equipes percorrendo bairros da Capital. Fora do período de campanha, o CCZ oferece vacinação gratuita o ano todo, sem necessidade de agendamento.
O CCZ pode ser acionado pelos telefones: (67) 3313-5000, (67) 2020-1789, (67) 2020-1794 (plantão) e pelo WhatsApp: (67) 99142-5701.
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