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Economia

Após férias coletivas, JBS retoma atividades e demite 70 trabalhadores

Mariana Rodrigues | 12/08/2015 14:31
A empresa alega que as demissões foram ocasionadas por conta da crise, da atual situação do mercado que se encontra ruim e da falta de bois para abate. (Foto: Bárbara Ballestero/Nova News)
A empresa alega que as demissões foram ocasionadas por conta da crise, da atual situação do mercado que se encontra ruim e da falta de bois para abate. (Foto: Bárbara Ballestero/Nova News)

Após retornar das férias coletivas que durou 30 dias, o Frigorífico JBS retomou as atividades na segunda-feira (10) e anunciou que irá demitir cerca de 70 trabalhadores. Entre esses funcionários, alguns receberam proposta de serem transferidos para outras unidades do frigorífico.

Segundo informações do presidente do STIANA (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Nova Andradina e Região), Sergio Ventura, os funcionários estão sendo demitidos de forma gradual. "Alguns foram demitidos na segunda, outros na terça-feira até que se complete esse número de 70, pois alguns receberam proposta de migrar para outras unidades", afirmou.

Ainda conforme Ventura, a empresa alega que as demissões foram ocasionadas por conta da crise, da atual situação do mercado que se encontra ruim e a falta de bois para o abate que passou de uma média de 600 a 700 cabeças por dia, para apenas 400 cabeças diárias, fazendo com que uma parcela dos trabalhadores fosse dispensada.

"Até o momento não há informações de mais demissões, o que ocorre é que desses 70, os que receberam a proposta para ir para outra unidade e não aceitarem também serão demitidos", explica.

Segundo o site Nova News, as férias coletivas tiveram início no dia 7 de julho, antes desse período o JBS funcionava com 430 colaboradores, e a empresa chegou a conclusão de que 70 deles não seriam mais necessários.

Conforme levantamento do Valor Econômico, MS tem 17 frigoríficos brasileiros paralisados e houve redução de 7,3 mil cabeças para abate por dia. Isso tudo resultou no fechamento de 1.110 postos de trabalho em todo o Estado.

Essa é a primeira unidade do JBS a apresentar dificuldades claras em MS. O grupo já suspendeu operações na planta industrial de Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo a empresa, os 494 funcionários desta unidade terão a opção de se mudarem para outras fábricas no país ou serão desligados.

O Brasil abriga o maior rebanho comercial de bovinos do mundo e esses fechamentos representam redução de 13% na capacidade diária nacional de abate, o que significa 30 mil cabeças. No fim do ano passado, as unidades em operação em todo o país tinham capacidade para abater 220 mil cabeças por dia.

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