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Economia

Após ficar parada por 2 anos, indústria vai produzir 1,1 milhão de tablets

Edivaldo Bitencourt e Kleber Clajus | 20/03/2014 10:52
Prefeito, secretários e empresários lançam fábrica de tablets na Capital (Foto: Cleber Gellio)
Prefeito, secretários e empresários lançam fábrica de tablets na Capital (Foto: Cleber Gellio)

A primeira indústria do grupo educacional Uninter em Campo Grande deverá gerar até 450 empregos diretos e produzir 1,1 milhão de tablets por ano. A expectativa é que a obra da empresa, que ficou parada por dois anos e “mofou” na gestão de um ano e dois meses de Alcides Bernal (PP), fique pronta em oito meses e tenha investimento de R$ 150 milhões.

Durante o relançamento da fábrica de tablets, no Pólo Empresarial Oeste, na saída para Aquidauana, o diretor executivo do Grupo Uninter, Edmilson Picler, contou que os dirigentes vieram em cinco ocasiões a Campo Grande para falar com o prefeito, mas não foram recebidos em nenhuma ocasião por Bernal.

Eles precisavam da formalização da doação do terreno, um dos incentivos previstos para a atração de indústrias pelo município, para garantir o financiamento de R$ 56 milhões do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e iniciar as obras. No entanto, o prefeito cassado não recebeu o grupo nem liberou o terreno.

Uma semana após a posse do prefeito Gilmar Olarte (PP), o processo deu prosseguimento na Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico) e a Câmara Municipal vota hoje a doação do terreno.

Planta da nova indústria foi apresentado nesta quinta-feira (Foto: Cleber Gellio)
Planta da nova indústria foi apresentado nesta quinta-feira (Foto: Cleber Gellio)
Executivo do Grupo Uninter diz que tentou audiência com Bernal em cinco ocasiões, mas perdeu a viagem (Foto: Cleber Gellio)
Executivo do Grupo Uninter diz que tentou audiência com Bernal em cinco ocasiões, mas perdeu a viagem (Foto: Cleber Gellio)

Picler explicou a fábrica deve ser concluída em oito meses. Inicialmente, a indústria vai empregar 300 pessoas, sendo 80% de técnicos. Na plenitude do projeto, serão gerados 450 empregos diretos.

“Estamos contentes em investir e contribuir com a industrialização de Mato Grosso do Sul”, afirmou o executivo do grupo, que também oferece cursos de graduação e pós presenciais e à distância na Capital.

Agora, segundo o titular da Sedesc, Edil Albuquerque, o próximo desafio é qualificar a mão de obra para atender a demanda da nova indústria. Ele acredita que haverá um saldo no desenvolvimento da Capital. O secretário até aposta na criação de um novo nicho na área industrial, que contemplará os setores de tecnologia e mecatrônica.

O prefeito Gilmar Olarte (PP) disse que já determinou a realização de estudos para atrair empresas do setor moveleiro e destravar a Cidade do Ônibus, projeto que terá investimento de aproximadamente R$ 50 milhões. Atualmente, 120 projetos estão em tramitação na Sedesc.

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