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Economia

Dólar recua a R$ 5,57 e atinge menor valor em oito meses

Ibovespa cai 0,1% e registra pior nível em um mês, influenciado por cenário interno e externo

Por Gustavo Bonotto | 06/06/2025 19:08
Dólar recua a R$ 5,57 e atinge menor valor em oito meses
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar à vista caiu para R$ 5,57 nesta sexta-feira (6), com desvalorização de 0,28%, após alternar altas e baixas ao longo do dia. A queda, a segunda consecutiva, foi provocada pela expectativa em torno do novo pacote fiscal do governo federal, que deve substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Durante o dia, a cotação da moeda norte-americana chegou a R$ 5,61, mas recuou até atingir a mínima de R$ 5,56 no fim da tarde. Com o resultado, o dólar acumula queda de 2,63% em junho e 9,85% no ano. O recuo foi impulsionado principalmente pela incerteza em relação às medidas fiscais que o governo apresentará na próxima semana para evitar o aumento do IOF, criticado por setores do mercado.

Em contraste com o câmbio, a bolsa de valores brasileira teve novo recuo. O índice Ibovespa fechou com baixa de 0,1%, aos 136.102 pontos, menor nível desde 7 de maio. Na semana, a queda acumulada foi de 0,67%. A expectativa de uma possível elevação da Selic pelo Banco Central contribuiu para a perda. O Copom (Comitê de Política Monetária) definirá a nova taxa básica de juros entre os dias 17 e 18 deste mês.

Taxas mais altas de juros costumam incentivar a migração de recursos da bolsa para aplicações em renda fixa, consideradas mais seguras. Com isso, o mercado acionário perde atratividade, o que pressiona os índices para baixo.

No cenário externo, dados divulgados nesta sexta-feira indicaram que a economia dos Estados Unidos criou 139 mil empregos em maio, acima da previsão de 130 mil. A taxa de desemprego permaneceu em 4,2%. O resultado do relatório payroll reduziu temores de um desaquecimento mais forte da economia americana, o que fez o dólar subir temporariamente no início do dia.

Ainda nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump (Republicano) anunciou que representantes comerciais norte-americanos e chineses devem se reunir na próxima segunda-feira (9) em Londres. A notícia animou parte do mercado, apesar das tensões provocadas pela disputa comercial entre os dois países.

No Brasil, o impasse em torno do IOF continua a gerar incertezas. O governo prometeu apresentar uma solução alternativa na próxima semana para evitar a derrubada do aumento do imposto no Congresso. A proposta já foi entregue à cúpula do Legislativo, mas ainda não foi detalhada ao público.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a meta é manter o equilíbrio fiscal sem comprometer o crescimento econômico. Enquanto isso, a medida original segue em vigor, com o mercado à espera de uma definição.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou sua posição contrária ao uso do IOF como instrumento de arrecadação. Ele classificou o imposto como regulatório e defendeu que sua função seja preservada.

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