Expansão comercial transforma Avenida Hiroshima em novo eixo econômico
Adensamento populacional aumenta demanda por comércio e serviços na região
A Avenida Hiroshima, a cada ano, tem se consolidado como um dos polos comerciais mais vibrantes de Campo Grande. O que antes era uma via de passagem discreta e rápida, agora se transforma em um corredor de oportunidades.
RESUMO
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A Avenida Hiroshima, em Campo Grande, vive um momento de expansão comercial, transformando-se em um polo de negócios. O crescente número de moradores em condomínios de alto padrão na região impulsiona a abertura de lojas, restaurantes e serviços, atraindo investimentos e grandes redes. Empresários locais, como Andrea Vieira, proprietária de um petshop, apostaram no potencial da avenida e colhem os frutos do desenvolvimento. A proximidade com o Parque dos Poderes, shoppings e importantes vias de acesso contribui para o crescimento da região. Novos empreendimentos imobiliários, como um condomínio residencial de 25 andares, prometem intensificar ainda mais o adensamento populacional e a demanda por comércio. Especialistas do mercado imobiliário confirmam a valorização da área e preveem um futuro ainda mais promissor para a Avenida Hiroshima.
O crescimento acelerado da avenida acompanha uma demanda crescente por comércios e serviços de proximidade. Restaurantes, farmácias, petshops, supermercados e lojas dos mais diversos segmentos brotam ao longo da via.
Além do constante fluxo de pedestres e veículos, a região começa a atrair o olhar atento de grandes redes e investidores que enxergam ali um novo eixo de desenvolvimento.
A empresária Andrea Vieira, proprietária do petshop Dog & Vet, foi uma das pessoas que acreditou no potencial da avenida. Há três anos, transferiu sua loja da Vila Margarida para o novo endereço, apostando na transformação da área.
“Quando eu vim para cá, não tinha quase nada. Nós apostamos no desenvolvimento da região. Saí da Vila Margarida e vim pra cá. Tem sido excelente para nós, ficou bom o movimento”, pontuou.
Outro aspecto observado por ela é a frequente passagem de moradores de condomínios de alto padrão. “Aqui se tornou o corredor do Alphaville e isso ajuda a ter um movimento bem significativo nas lojas”, completou.
Observando o potencial ainda pouco explorado, Andrea decidiu expandir. Ao lado do petshop, abriu uma papelaria com foco no público infantil — uma carência identificada por lá. A nova unidade é administrada por sua sócia, Cristiane Aparecida.
“Eu queria muito ligar o público infantil com o pet. Geralmente, os pais vêm no pet com criança e acaba passando aqui”, disse a sócia.
Mais adiante na avenida, outra história de sucesso se desenha na confeitaria Vera Diniz, que há três anos adoça os dias de quem passa por ali. A atendente, Tatiane Martins, lembra que a escolha do local foi estratégica.
“Escolheram aqui pelo desenvolvimento da via. Apesar de ser uma via rápida, as pessoas acabam preferindo algo próximo. Tem dado certo, foi ótimo esse ponto. Também tem tido bastante estabelecimentos novos por aqui.”
No restaurante Viva a Vida, a gerente Talita Souza também tem acompanhado de perto essa transformação, desde 2018 quando não tinham muitos comércios.
“Quando nós mudamos só era mato. Os donos já tinham conhecimento do Parque dos Poderes, eles já sabiam que iam ter clientes por aqui. Essa região cresceu bastante e vai crescer ainda mais. Nós atendemos Carandá Bosque, Jardim Veraneio, Novos Estados.”
Desenvolvimento – A avenida promete ainda mais desenvolvimento, com projetos de novos prédios. Na própria Hiroshima, tapumes evidenciam grande condomínio residencial. Serão 25 andares, com 100 apartamentos, construídos em uma área de 17.834.,12 m².
No Jardim Veraneio e na Chácara Cachoeira, novos prédios também já estão surgindo. Está prevista a construção de um edifício com 25 andares na Rua Lise Rose, entre a Rua Barra Funda e a Rua Delegado Carlos Roberto Bastos de Oliveira. O estudo mostra que as unidades terão preço estimado de venda em torno de R$ 900 mil.
São oito apartamentos por pavimento, totalizando 200 unidades habitacionais. A área do terreno é de 10.010 m² e a área total a construir, 23.066,22 m². A previsão de entrega deve ser em 2028.
O corretor de imóveis e diretor financeiro do Creci-MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis 14ª Região), Luiz Gomes, fala com propriedade sobre a valorização.
“Como corretor de imóveis e morador da região desde 2012, acompanhei de perto cada passo do crescimento da Avenida Hiroshima e posso afirmar: a transformação começou a ganhar corpo a partir de 2014, quando o bairro recebeu o asfalto. Daí em diante, foi como abrir uma porteira – o volume de construções explodiu e a região passou a atrair olhares mais atentos”, destacou.
O profissional ainda ressalta que a expansão ocorre devido a fatores combinados com a proximidade com o Parque dos Poderes, shoppings e o acesso fácil às principais vias.
“Mas o divisor de águas, sem dúvida, foi o investimento de grandes incorporadoras em empreendimentos de alto padrão, que elevaram o valor do metro quadrado e trouxeram ainda mais visibilidade à região. O adensamento populacional, por sua vez, intensificou a demanda por comércio e serviços. E o mercado respondeu rápido. O que antes era um bairro residencial com poucas opções, virou um centro comercial pulsante. Em menos de uma década, a Avenida Hiroshima se reinventou”, concluiu.
Na visão do presidente do Secovi-MS (Sindicato de Habitação), Geraldo Paiva, a concentração de pessoas ajuda a atrair mais comércios.
“O adensamento populacional é fundamental para fixação do comércio e serviço em determinada região. O que vem acontecendo na região Central de Campo Grande vem comprovando isto, quanto maior a perca de adensamento menor a atração ao comércio é serviço”, finalizou.
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