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Economia

Campo Grande registra 3ª deflação seguida, puxada por energia e alimentos

No Brasil, o IPCA também ficou negativo em agosto, com queda de -0,11%

Por Gabriel Neris | 10/09/2025 10:49
Campo Grande registra 3ª deflação seguida, puxada por energia e alimentos
Preço do tomate caiu quase 10% em agosto (Foto: Ceasa/Divulgação)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande ficou em -0,28% em agosto, a terceira deflação consecutiva registrada em 2025. O resultado foi mais intenso que o de julho (-0,19%) e mantém a inflação acumulada no ano em 2,26%, enquanto no período de 12 meses o índice chegou a 4,68%.

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Campo Grande registra terceira deflação seguida, com índice de -0,28% em agosto, puxada por quedas nos preços de energia elétrica, alimentos e transportes. A inflação acumulada no ano permanece em 2,26%, enquanto em 12 meses atinge 4,68%. Habitação, com destaque para a energia, teve o maior impacto na deflação, seguida por alimentação, com quedas nos preços de tomate, batata, frango, ovos e arroz. Alimentos registraram a quarta queda consecutiva em 2025, devido à maior oferta. Em contrapartida, houve aumento nos setores de Saúde e cuidados pessoais, e Artigos de residência. O cenário nacional acompanha a tendência de queda, com o IPCA de agosto em -0,11%, a primeira deflação desde agosto de 2024.

A queda foi influenciada principalmente pelos grupos de Habitação (-1,87%), Alimentação e bebidas (-0,17%) e Transportes (-0,12%), que juntos responderam por um impacto negativo de -0,35 ponto percentual no índice. Sem essas retrações, o resultado do mês teria sido positivo.

No grupo Habitação, a energia elétrica residencial caiu -4,98%, refletindo a aplicação do chamado “Bônus de Itaipu”, mesmo com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em vigor. Esse item sozinho representou forte peso na deflação de agosto.

Os alimentos também contribuíram, registrando a quarta queda consecutiva no ano. Produtos como tomate (-9,62%), batata (-6,51%), frango inteiro (-3,21%), ovos (-2,80%) e arroz (-2,38%) ficaram mais baratos, resultado da maior oferta. Já a alimentação fora de casa desacelerou, passando de 0,87% em julho para 0,26% em agosto.

Entre os aumentos, Saúde e cuidados pessoais subiu 0,32%, com destaque para óculos de grau (3,12%) e perfumes (2,91%). O grupo Artigos de residência avançou 0,41%, puxado por eletrodomésticos como o fogão (3,05%). Educação manteve alta de 0,20% pelo nono mês seguido, enquanto Comunicação recuou 0,23%.

Cenário nacional

No Brasil, o IPCA também ficou negativo em agosto, com queda de -0,11%, a primeira desde agosto de 2024 e a mais intensa desde setembro de 2022. No acumulado do ano, a inflação nacional soma 3,15% e, em 12 meses, chega a 5,13%.