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Economia

Clima ajuda, plantio é concluído e produtor espera safra recorde de soja

Helio de Freitas, de Dourados | 01/12/2017 11:51
Soja plantada ao lado da BR-163, no município de Dourados; clima favorece desenvolvimento da planta (Foto: Helio de Freitas)
Soja plantada ao lado da BR-163, no município de Dourados; clima favorece desenvolvimento da planta (Foto: Helio de Freitas)

Otimistas com o clima favorável, mas temerosos por causa do preço no mercado internacional, os produtores de soja de Dourados, quarto maior produtor de Mato Grosso do Sul, concluíram nesta semana o plantio de soja da safra 2017/2018. A área ocupada com a cultura deve ficar próxima dos 160 mil hectares da safra passada, mas se o tempo continuar ajudando, a produção pode ser recorde.

Nas áreas próximas à cidade, onde o plantio foi feito logo após a abertura oficial, no fim de setembro, a soja já está bem desenvolvida e os campos completamente verdes. Em áreas menores, no entanto, o plantio ocorreu um pouco tardio, mas dentro do esperado, segundo produtores e técnicos que acompanham as lavouras.

“Houve um atraso no início porque as primeiras chuvas ocorreram dia 1º de outubro, mas depois as chuvas foram regulares e o desenvolvimento da cultura até o momento é bom”, afirmou o engenheiro agrônomo Gilmor Segatto, de Dourados.

Nas lavouras que ele acompanha a expectativa é de produtividade de 3.400 a 3.600 quilos por hectare, o que representaria de 56,6 a 60 sacas por hectare. Na safra passada, a produtividade média em Mato Grosso do Sul foi de 54 sacas por hectare, conforme números da Aprosoja.

Chuva ajudou – O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste Ricardo Fietz disse que o clima tem sido extremamente favorável para as lavouras de soja na região de Dourados, Rio Brilhante e Ivinhema, onde a empresa de pesquisa mantém estações agrometeorológica.

Segundo ele, as chuvas foram bem distribuídas, principalmente na segunda quinzena de outubro e durante o mês de novembro. Após as chuvas na segunda metade de outubro, os solos da região de Dourados e Rio Brilhante atingiram níveis ideais de umidade, ou seja, acima de 75% de disponibilidade hídrica.

“Em novembro também teve chuva bem distribuída. O solo nunca esteve com menos de 50% de umidade. Em Dourados, novembro fechou com 144 milímetros, um pouco abaixo da média de 159 mm, mas a chuva foi bem distribuída, o que é mais importante. Rio Brilhante fechou com 175 milímetros de chuva e Ivinhema com 185”, afirmou o pesquisador.

Conforme Ricardo Fietz, quando falta umidade durante a fase de desenvolvimento a soja sofre o chamado estresse hídrico e produz menos. “Com essa condição favorável de água no solo, a produtividade tende a aumentar”. Segundo ele, as previsões indicam que a chuva deve continuar pelos dez dias na região de Dourados.

Safra passada – Na safra 2016/2017, Dourados manteve o quarto lugar na produção estadual de soja, com 558,5 mil toneladas – média de 56,5 sacas por hectare. A liderança mais uma vez foi de Maracaju, com 903,1 mil toneladas e rendimento de 58 sacas por hectare.

Ponta Porã foi o segundo maior produtor de soja na safra colhida no início deste ano, com 903,1 mil toneladas e rendimento de 54,8 sacas por hectare. Sidrolândia ficou em terceiro, com 614,1 mil toneladas e 52,9 sacas por hectare. Aral Moreira foi o quinto, com 406,468 mil toneladas – produtividade de 60,5 sacas por hectare.

Na safra passada, esses cinco municípios concentraram um terço da produção sul-mato-grossense, colhendo 3,1 milhões de toneladas de soja – 37,43% da produção total estadual.

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