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Economia

Com energia elétrica mais cara, preço do leite terá aumento de até 12%

Mariana Rodrigues | 09/03/2015 14:10
Em Campo Grande, o leite de caixinha que é comercializado ao valor médio de R$ 3,70. (Foto: Marcelo Calazans)
Em Campo Grande, o leite de caixinha que é comercializado ao valor médio de R$ 3,70. (Foto: Marcelo Calazans)

O consumidor deverá pagar mais caro pelo leite e seus derivados a partir das próximas semanas. Em Campo Grande, atualmente o leite de caixinha que é comercializado ao valor de até R$ 3,70 e o de saquinho vendido a R$ 2,70, porém ambos terão reajuste de até 12%, conforme informou o presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínio de Mato Grosso do Sul), Hernandes Ortiz.

A necessidade de aumento se deve ao impacto causado pelo alto valor do dólar, cotado a R$ 3,056 e o encarecimento do óleo diesel, mas o grande vilão é o reajuste da energia elétrica, que deve chegar a quase 50% em abril. "Como a nova tarifa de energia elétrica só será cobrada a partir do mês de abril, o reajuste ainda não está sendo repassado para o consumidor, que deverá começar a pagar mais caro pelo produto ainda no final de março", comentou.

A indústria estadual de laticínios teve aumento nos custos de logística, de captação e de distribuição, sendo que a coleta que antes era de R$ 0,10 a R$ 0,14 por litro passou para R$ 0,17 por litro, ou seja, uma elevação de mais de 70%.

Com o reajuste, conforme o presidente do Silems, o consumidor deve diminuir o consumo dos derivados lácteos e o reflexo disso será uma consequente redução no quadro de funcionários dos laticínios.

A diretora do Silems, Milene de Oliveira Nantes, que também é dona de uma empresa de laticínios comentou que o mercado do leite ainda não está aquecido, e que os produtores já vinham lutando por uma melhora de preço.

"As indústrias ainda estão absorvendo o preço, como o mercado ainda não está aquecido, estamos conseguindo segurar esse valor que está sendo repassado atualmente para o consumidor, mas já estamos prevendo o aumento futuramente devido aos reajustes que sofremos este ano", disse Milena.

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