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Economia

Comércio na fronteira é debatido durante reunião do Parlasul no Uruguai

Elci Holsback | 08/11/2016 16:33
Estado foi representado pelo deputado federal Elizeu Dionizio (Foto: Divulgação)
Estado foi representado pelo deputado federal Elizeu Dionizio (Foto: Divulgação)

Representantes do Parlasul (Parlamento do Mercosul) se reuniram na noite desta segunda-feira (7) em Montevidéu, no Uruguai onde debateram sobre as regras do comércio as regiões de fronteira, questões relacionadas ao meio ambiente e acordos internacionais dos países do Mercosul com a China e a União Européia. Integram o parlamento: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Mato Grosso do Sul, que faz fronteira seca com Bolívia e Paraguai, assim como demais regiões fronteiriças do Brasil com os países do bloco pode ser beneficiado em ações futuras, já que durante a reunião foi discutida a adoção de medidas para implementar procedimentos especiais de regularização sobre a circulação de bens e pessoas nas fronteiras, assim como cotas de compras de artigos de turismo nas cidades fronteiriças dos Brasil com os demais países. 

Mato Grosso do Sul foi representado pelo deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB), que avaliou o encontro como positivo pela oportunidade da troca de experiências em assuntos de interesse dos quatro países. "A sessão foi muito produtiva por dar condições para que os parlamentares dos países que integram o Mercosul apresentassem suas opiniões em busca de consenso sobre temas relacionados ao desenvolvimento econômico destas nações”, pontuou o parlamentar.

Acordos - Foi proposta durante o encontro a criação de uma Comissão Especial de Trabalho com o intuito de avaliar e sistematizar os impactos globais e setoriais na economia do Mercosul, diante dos acordos comerciais e de investimentos realizados com China. 

A liberação comercial entre Mercosul e União Europeia foi tratada com preocupação pelos dois blocos, diante da possibilidade do Governo Argentino de avançar na integração com a Aliança do Pacifico e o TPP (Acordo de Associação Transpacífico), o que pode impactar diretamente na indústria e comércio entre os países do Mercosul.

Aliança do Pacífico é um bloco econômico, sendo o segundo maior da América Latina, ficando atrás apenas do Mercosul. É formado por México, Peru, Chile e Colômbia. Já o Acordo de Associação Transpacífico (TPP) atua no livre-comércio entre países da Ásia, Oceania, América do Norte e América do Sul, representada por Peru e Chile. 

A reunião do Parlasul tratou ainda de temas como o combate à corrupção e  lavagem de dinheiro, quando os representantes votaram pela criação de uma Corte Penal Latino-Americana e do Caribe contra o Crime Transnacional Organizado, além da criação de grupo de trabalho para estabelecer Programa do Mercosul para prevenir e combater delitos com impacto regional como o narcotráfico, o tráfico de pessoas e a venda ilegal de órgãos. A Comissão de Assuntos Interiores, Seguridade e Defesa do Parlasul já deu parecer favorável à sua aprovação.

O Parlasul manifestou ainda repúdio ao que foi denominado como "atual situação política na República Bolivariana da Venezuela”, referente às ameaças sofridas por membros do Parlasul em razão de ações pertinentes ao desempenho de suas funções.

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