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Economia

Compra de Eldorado concretizará planos de companhia chilena de atuar em MS

Ricardo Campos Jr. | 17/06/2017 14:06
Eldorado está localizada em Três Lagoas e está à venda (Foto: divulgação)
Eldorado está localizada em Três Lagoas e está à venda (Foto: divulgação)

Se a venda da Eldorado para a Arauco se concretizar, a companhia chilena enfim conseguirá encaminhar os planos de atuar em Mato Grosso do Sul. Segundo informações do Painel Florestal, a empresa é dona de 70 mil hectares em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, mas foi proibida pela AGU (Advocacia Geral da União) de continuar comprando terras para expandir as áreas florestais.

Os acionistas do grupo assinaram um contrato de confidencialidade com os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo que atualmente controla a indústria de celulose, para encaminhar as negociações.

Durante a semana a empresa estrangeira ofereceu R$ 11 bilhões pela Eldorado, R$ 3 bilhões a mais do valor pedido pela J&F para passar adiante o empreendimento.

A Fibria, que pertence ao grupo Votorantin, começa a ficar para trás na disputa pelos ativos. A empresa demonstrou interesse em adquirir a unidade e a compra seria interessante, já que ela está a poucos quilômetros da Eldorado. Já a Suzano, que também tinha intenção de oferecer uma proposta, recuou.

O que pesa na decisão de ambas é o acordo de leniência que busca aval da 5ª turma do STF (Superior Tribunal Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União), resultado da delação dos irmãos Batista, donos do grupo J&F, ao MPF (Ministério Público Federal).

Segundo informações divulgadas pelo jornal Estado de S. Paulo, a Arauco contratou o Santander para assessorá-la na transação.

Joesley e Wesley Batista estão negociando pessoalmente não apenas a Eldorado, mas de outras empresas do grupo, que incluem desde a fábrica de calçados Alpargatas S.A até ativos do setor energético.

Fontes próximas ao JBS consultadas pelo Estadão revelam que os empresários não descartam vender parte dos empreendimentos do grupo nos Estados Unidos, onde se concentram operações de carne, mas o objetivo é preservar ao máximo essa divisão, já que ela responde por mais de 80% do faturamento do grupo, que girou em torno de R$ 170 bilhões em 2016.

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