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Economia

Conflito entre Rússia e Ucrânia pode afetar economia de MS, afirma secretário

Situação encarece importações de Mato Grosso do Sul e gera preocupação com desorganização logística na Europa

Liana Feitosa | 24/02/2022 15:11
Jaime Verruck comentou efeitos econômicos de invasão russa à Ucrânia. (Foto: Reprodução)
Jaime Verruck comentou efeitos econômicos de invasão russa à Ucrânia. (Foto: Reprodução)

O início dos conflitos entre Rússia e Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24), do horário brasileiro, podem afetar diretamente Mato Grosso do Sul. O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), explicou por que a situação entre os países gera preocupação com as vidas, com a economia mundial e com os negócios do estado.

“Primeiro: toda vez que temos uma guerra, não existe ganhador, numa guerra só existem perdedores”, afirmou o secretário no início de sua fala. Em vídeo, ele, que é economista, explicou que a tensão gera “intranquilidade, insegurança e aumenta o risco”.

“Tanto a Ucrânia, quanto a Rússia, são grandes produtoras de fertilizantes. Então, quando olhamos para o lado do agronegócio, com certeza nós teremos um risco de não ter disponibilidade [desses insumos]. A ministra Tereza [Cristina] e o presidente Bolsonaro acabaram de estar na Rússia exatamente discutindo a necessidade de manter o volume de produção e manter o volume de exportação ao Brasil”, detalha Verruck.

Efeitos - Na compreensão do secretário, vários efeitos poderão ser sentidos em Mato Grosso do Sul devido a esse embate político e bélico. “O estado de Mato Grosso do Sul é um estado exportador. Nós não temos uma exportação muito ativa para Rússia, é uma exportação muito pequena. Nós somos mais importadores do que exportadores, mas [a situação] tem todo um impacto para economia europeia, que é um grande cliente do estado de Mato Grosso do Sul”, analisa Verruck.

Ele ainda explica que a guerra que se desenha naquela parte do globo impactará os preços ao redor do mundo. “Se olharmos hoje o crescimento do preço do petróleo, o crescimento do preço das commodities internacionais, nós temos uma elevação desses preços. Se, de um lado, isso pode beneficiar a exportação, por outro lado, encarece também as nossas importações”, completa o secretário. "Então, nossa preocupação é com uma desorganização logística: tempo de carga, elevação de custos, envio de produtos, a alteração dos preços."

Para ele, o momento exige observação. “Nós esperávamos que esse conflito poderia se reduzir rapidamente, mas não é o que está se sinalizando, parece que a situação é bastante grave nesse conflito mundial e com certeza todas as economias mundiais serão afetadas negativamente. Vamos manter o acompanhamento disso no âmbito do governo, mas os efeitos na verdade serão [sentidos] no nosso mercado, tanto comprador, quanto nos nossos mercados importadores”, finaliza Verruck.

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