Crise em Três Lagoas afeta geração de empregos e MS fecha 1.200 vagas
A Construção Civil foi a principal responsável pelo deficit na geração de emprego em Mato Grosso do Sul, em novembro. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados) divulgados hoje, no mês passado houve a redução de 1.202 empregos celetistas, o que equivale a 0,23% de queda.
De acordo com os dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), a Construção Civil demitiu 1.919 trabalhadores em novembro, a Agropecuária teve deficit de 508 postos e a Extrativa Mineral e a Indústria de transformação reduziram em 31 e 43 empregados.
A demissão de mais de 2 mil funcionários da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande, nos últimos meses continua tendo reflexo no desempenho estadual. Só o município tem saldo negativo de 1.023 postos de trabalho em novembro.
O saldo de novembro de 2014 é o pior dos últimos dois anos, mas analisando a série histórica do Caged, que começa em 2003, é possível perceber que o mês é marcado pelo fraco desempenho do setor. Em 2005, por exemplo, o resultado foi de 2.931 demissões e em 2011, de 1.285 trabalhadores a menos.
O desempenho do mês só não foi pior, graças as contratações de fim de ano para o Comércio, que gerou 1.128 postos de trabalho em novembro. O setor de Serviços contribuiu com 161 postos, o Serviço Industrial com sete e a administração Pública com três. Às vésperas do Natal, o Comércio ainda tem vagas em aberto para contratação temporária.
Ainda segundo informações do Caged, Dourados apresentou o melhor saldo de postos de trabalho em novembro, com a contratação de 452 funcionários,seguido por Campo Grande (315) e bem abaixo, Sidrolândia (641). Três Lagoas (-1.023), Paranaíba (-119) e Corumbá (-84) tem as piores quedas.