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Economia

Custo da cesta básica sobe em junho e consome mais da metade do salário mínimo

Com média de R$ 793,02, cesta compromete 56,48% da renda líquida de quem ganha o piso nacional

Por Gabriel Neris | 08/07/2025 11:12
Custo da cesta básica sobe em junho e consome mais da metade do salário mínimo
Tomate é um dos itens que pressionou o valor da cesta básica (Foto: Divulgação)

O custo da cesta básica aumentou 0,46% em junho em Campo Grande e passou a custar, em média, R$ 793,02, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor comprometeu 56,48% do salário mínimo líquido, ou seja, o que sobra após o desconto de 7,5% para a Previdência Social.

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Cesta básica consome mais da metade do salário mínimo em Campo Grande. O custo subiu 0,46% em junho, chegando a R$ 793,02, comprometendo 56,48% do salário mínimo líquido. Tomate, café e pão francês lideraram as altas, com destaque para o café, que acumula aumento de 113,14% em 12 meses. Apesar das quedas no preço de arroz, óleo de soja, batata e carne bovina, a cesta básica ainda exige 114 horas e 56 minutos de trabalho mensais. Comparado a junho de 2024, houve aumento de 5,89%. Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal para suprir as necessidades básicas de uma família deveria ser quase cinco vezes maior que o atual.

A variação acumulada no ano chega a 2,94%, enquanto no comparativo com junho de 2024, o aumento foi de 5,89%. A alta mais recente, ainda que discreta, elevou em 31 minutos o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os alimentos básicos, que agora totaliza 114 horas e 56 minutos por mês.

Entre os produtos que mais pressionaram o valor da cesta estão tomate (6,54%), café (3,32%) e pão francês (0,80%). O café em pó é o vilão da vez: em 12 meses, acumula aumento de 113,14% na Capital.

O leite integral, que havia registrado queda em meses anteriores, voltou a subir, com alta de 0,34%. Já a manteiga, outro item derivado do leite, teve redução de 3,01%, fechando o mês com preço médio de R$ 13,42 para a embalagem de 200 gramas.

Por outro lado, alguns produtos ajudaram a conter o avanço da cesta. As quedas mais relevantes foram registradas no preço do arroz agulhinha (-4,68%), óleo de soja (-1,17%), batata (-0,88%) e carne bovina de primeira (-0,34%). Mesmo com a retração no mês, a carne ainda acumula alta de 29,33% em outras regiões do país, puxada pelo aumento das exportações e restrição da oferta no mercado interno.

A farinha de trigo e a banana permaneceram estáveis em junho, mas acumulam alta em 12 meses, de 12,96% e 7,39%, respectivamente.

Comparação com 2024 - No mesmo mês do ano passado, o trabalhador comprometeu 57,34% da renda líquida para adquirir a cesta básica. Em junho de 2025, esse percentual caiu para 56,48%, uma redução de 0,86 ponto percentual, puxada por oscilações pontuais em alguns produtos, mas ainda longe do ideal.

Com base na cesta mais cara do país (São Paulo, com R$ 882,76), o Dieese calcula que o salário mínimo ideal para suprir as despesas básicas de uma família com quatro pessoas deveria ser de R$ 7.416,07 – quase cinco vezes o valor do salário mínimo atual, fixado em R$ 1.518,00.

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