Resort em Bonito vai ganhar cabanas de luxo e novo parque aquático
Investimento de R$ 100 milhões elevará hotel a novo patamar com destaque na sustentabilidade
Após 30 anos de história, o Zagaia Eco Resort de Bonito entra em uma nova fase de expansão. O projeto criado nos últimos dois anos foi apresentado nesta sexta-feira (31) para o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o Campo Grande News teve acesso exclusivo aos detalhes do planejamento de obras de R$ 100 milhões, que vai revolucionar o atendimento aos turistas e a população.
RESUMO
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O Zagaia Eco Resort de Bonito, após 30 anos de história, anuncia expansão com investimento de R$ 100 milhões. O projeto, dividido em quatro fases ao longo de dez anos, inclui um centro de eventos, parque aquático aberto ao público, parque de aventura e novos hotéis, incluindo um de luxo. A primeira fase, com duração de um ano e meio, será a construção de um Centro de Eventos para mil pessoas. A segunda fase, com conclusão em quatro anos, contempla um parque aquático com capacidade para mil pessoas, incluindo um boulevard com lojas, restaurante e bares. A terceira fase, com duração de um ano, será a construção de um parque de aventura com atividades radicais. A última fase, com conclusão em três anos, inclui um hotel para turismo de negócios e outro de luxo com cabanas glamping. O resort busca sustentabilidade, utilizando água da chuva e evitando desmatamento. A história do Zagaia começou em 1994, após a família Poli expandir seus negócios de hotelaria. O resort se destaca pela originalidade e pela valorização da cultura local.
O primeiro Master Plan (plano diretor) do Zagaia Eco Resort, contou com a ajuda do especialista em parques no Brasil, Paulo Mentone. O plano é usar o entorno da atual estrutura para ampliar o único resort de Mato Grosso do Sul em um grande complexo de lazer para todos os públicos.
Ao todo serão quatro fases, que serão executadas ao longo de dez anos. O início das obras está previsto para o segundo semestre deste ano. Neste momento, o projeto está aguardando as licenças ambientais.
O CEO e sócio-proprietário do único resort do Estado, Guilherme Miguel Poli, 54 anos, explicou cada etapa do projeto. “A primeira fase será a construção de um Centro de Eventos para mil pessoas. Essa obra vai levar um ano e meio para ser concluída. O objetivo é usar o espaço para eventos técnico-científicos, shows nacionais, grandes festas e casamentos”.
A segunda fase será a construção de um parque aquático que também terá capacidade diária de mil pessoas. O espaço vai ter um boulevard com dez lojas, restaurante e bares. “Toda essa parte nova vai ser aberta ao público. Moradores e turistas que estão em outros hotéis poderão frequentar o parque aquático e o boulevard, com o day use”, ressalta.
Esta etapa da obra deve ser concluída em até quatro anos. O espaço irá contemplar um rio lento, área baby e kids, tobogans, ralf pipe e paria com ondas. Todas serão com água aquecida, decoração orgânica e arquitetura natural.
“A preocupação maior dos ambientalistas sempre foi com a captação de água do resort. Nós pensamos nisso e vamos usar água da chuva para abastecer as piscinas, que serão interligadas, como uma espécie de grande lagoa”, acrescentou Guilherme.
A sustentabilidade do projeto foi uma prioridade durante a construção no Master plan. “A ampliação estará ocupando uma área de pastagem em volta do resort. Não vamos derrubar nenhuma árvore. Pensamos no mínimo impacto ambiental possível. Também vamos plantar mais árvores ao entorno e não usamos ceva de animais”.
A terceira etapa será a mais simples, já que será a construção de um parque de aventura. “Esse parque seco irá atender os passeios noturnos e os visitantes que vêm no inverno, nos dias frios e até chuvosos”. Dentre as atividades radicais, haverá rapel, arvorismo, tirolesa, entre outros brinquedos radicais que também serão abertos para o público. O projeto deve ser concluído em apenas um ano de obras.
Já a quarta e última etapa irá demorar três anos para ser entregue. Serão duas obras voltadas para turistas com perfis específicos. Uma delas é a construção do Business Zagaia, um hotel que vai dobrar a capacidade do atual resort, com mais 150 apartamentos, voltado para o turismo de negócios.
A outra parte será um hotel de luxo, no estilo cabanas glamping. “Serão dez apartamentos de alto padrão em uma área mais reservada”, explicou. As estruturas serão feitas para pessoas que desejam acampar com conforto e "glamour".
Guilherme afirma que o projeto como um todo é um sonho antigo dos proprietários. “Essa é uma nova etapa para o Zagaia, dando uma nova roupagem para o resort e seguindo uma tendência dos grandes hotéis do mundo, que começam como hotel e depois viram um parque”.
História – A criação do Zagaia em 1994 ocorreu após o projeto de expansão de empresa de hotelaria de família Poli. Os avós de Guilherme criaram o Águas de Jurema, há 52 anos e que funciona até hoje em Iretama, no Paraná. Os pais de Guilherme, Celso Poli, 83 anos e Cida Poli, 78 anos, queriam expandir um resort semelhante, mas que não fosse em uma cidade de praia.
“Surgiu um amigo nosso do Paraná que veio para Campo Grande e falou da existência de Bonito. Isso era 1993. Nós viemos e na época só tinham quatro hotéis na cidade. Encontramos a área do Zagaia, que era uma fazenda de soja e em um ano e oito meses o projeto estava pronto”.
Ele ressalta que apesar de tornar o resort ‘um grande caso de sucesso’, as dificuldades eram muitas. “Não tinha infraestrutura, mão de obra. Os desafios foram mudando com o passar dos anos. No começo todo mundo chamava a gente de louco. Mas hoje, vendo o que o Zagaia se transformou, e como o Bonito ficou conhecido para o mundo inteiro, somos muito gratos e felizes com tudo que passamos”.
Guilherme acredita que o diferencial do único resort do Estado é a originalidade. “Nunca quisemos imitar grandes hotéis. Queríamos fazer algo personalizado com a nossa região. O sucesso do Zagaia é isso, ter a arquitetura local, comida regional, brincadeiras daqui, roda de viola, jantar ao ar livre, contador de história, churrasco pantaneiro”.
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