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Economia

Desemprego atingiu 10,2 mil jovens em MS nos últimos 4 anos, diz IBGE

Número de desempregados de 16 a 29 anos cresceu 37% de 2012 a 2016

Osvaldo Júnior | 15/12/2017 16:15
Em meio à população de MS, há mais jovens sem ocupação, segundo os dados do IBGE. (Foto: Marcos Ermínio)
Em meio à população de MS, há mais jovens sem ocupação, segundo os dados do IBGE. (Foto: Marcos Ermínio)

Os jovens foram os mais impactados com a crise econômica nacional. Em quatro anos, 10.283 sul-mato-grossenses de 16 a 29 anos entraram para a estatística do desemprego. Conforme a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), havia, no ano passado, 111 mil jovens (16 a 29 anos) no Estado, dos quais 33,9% estavam desocupados. 

Considerando o total de jovens, os 33,9% correspondiam, no ano passado, a 37.629 pessoas. Em 2012, eram 121 mil, dos quais 22,6% estavam desempregados. Essa parcela equivalia  a 27.346 sul-mato-grossenses de 16 a 29 anos. O crescimento foi, assim, de 37%. 

Com o crescimento do desocupação, a parcela de jovens ocupados caiu de 49,1% em 2012 para 45,3% para 2016. Esse comportamento se relaciona ao número maior de pessoas de 16 a 29 anos que apenas estudam. Esse grupo cresceu de 16,6% para 19,8%.

Também houve aumento da quantidade dos que estudam e trabalham: passou de 14,1% para 15,4%. Por conseguinte, o IBGE verificou recuo no universo dos jovens que nem estudam e nem trabalham: o índice caiu de 20,3% para 19,5%. 

No País, o nível de ocupação deos jovens diminuiu de 59,1% (2012) para 52,6% (2016). O nível de ocupação para mulheres jovens foi de 44,8%, e o dos homens foi de 60,5%.

A taxa de desocupação dos jovens ficou em 18,9% para homens e em 24,0% para mulheres. Dos desocupados, 54,9% tinham de 16 a 29 anos, refletindo em uma taxa de desocupação (21,1%) mais alta para este grupo que para os demais.

Diferença de renda – Além do recorte etário, a Síntese dos Indicadores Sociais, apresenta outros dados que mostram disparidade em níveis mais amplos. O estudo verificou que, em Mato Grosso do Sul, os 40% dos trabalhadores com os menores rendimentos (449 mil pessoas) recebiam, na média mensal, R$ 795 em 2016. 

No outro extremo, os 10% com os maiores rendimentos, equivalentes a 125 mil pessoas, tinham renda média mensal de R$ 7.341. O valor é quase dez vezes superior à renda média dos mais pobres. 

Formais e informais – A disparidade também é acentuada entre as rendas dos trabalhadores que estão no mercado formal e dos que estão na informalidade. Em Mato Grosso do Sul, o ganho médio do primeiro grupo foi de R$ 2.272, montante 73% superior aos R$ 1.308 recebidos pelos trabalhadores informais. 

As mulheres, que estão na informalidade, tinham renda média, em 2016, de R$ 937, metade do que as trabalhoras formais recebiam (R$ 1.917). Já os homens, no mercado formal, tinham rendimento médio mensal de R$ 2.546 e, na informalidade, de R$ 1.610. Na comparação com os valores ganhos pelas mulheres, as diferenças são, respectivamente, de 32% e de 71%. 

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