ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Dívida de R$ 49,5 milhões impede Enersul de reajustar tarifa

Fabiano Arruda | 03/04/2012 11:53
Subestação da Enersul, que teve reajuste autorizado, mas não pode aplicar por conta de dívida com a Aneel. (Foto: Arquivo)
Subestação da Enersul, que teve reajuste autorizado, mas não pode aplicar por conta de dívida com a Aneel. (Foto: Arquivo)

A dívida de R$ 49,5 milhões da Enersul com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) impede que a concessionária reajuste em 2,59% o custo da energia elétrica para consumidores de 73 municípios de Mato Grosso do Sul.

A informação é do deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), que discursou por 20 minutos durante o julgamento sobre o reajuste da tarifa no Estado na Aneel nesta terça-feira.

Na decisão, o relator, Julião Siveira Coelho, afirmou, que a Enersul não poderá aplicar o reajuste enquanto não voltar à adimplência.

Marquinhos, por sua vez, diz não acreditar que a empresa solucione a pendência financeira em curto prazo. Ele revelou que a Enersul está inadimplente junto a Aneel na RGR (Reserva Global de Reversão) e CCC (Cota Consumo de Combustíveis).

“Estes dois itens infringiram o artigo 10 da lei 8631 de 1993 (que rege o serviço de energia elétrica no País”, explicou.

O parlamentar descreveu que o reajuste autorizado pela Aneel é de 2,92% para indústrias e 2,47% para a classe residencial, o que resulta no índice médio de 2,59%.

Ele ainda destacou que, dos seis aumentos da tarifa de energia elétrica concedidos no País, Mato Grosso do Sul teve o menor deles. No Rio de Janeiro o índice chegará a 6,8%, em Minas Gerais 6,8% e em São Paulo 3,85%.

O peemedebista ainda criticou a Enersul por conta da dívida, baseado na divulgação do lucro da concessionária no ano passado, que chegou a R$ 151 milhões.

“É uma demonstração de como tratam o consumidor e da importância de monitorar concessionárias que prestam serviço público para que os consumidores não sejam surpreendidos, como eram antigamente, com aumentos absurdos”, acentuou.

A reportagem entrou em contato com a Enersul, por meio da assessoria de imprensa, que ficou de retornar a ligação.

Nos siga no Google Notícias